sexta-feira, novembro 28, 2003

o primeiro dia

Acabou. Acabou-se. Expulsaram o polvo da minha vida, as suas ventosas já não me prendem a nada, deixaram-me no vazio. É estranha esta sensação de libertação. É amarga porque queria ter sido eu a expulsar o polvo da minha vida: queria desenlear-me sozinha dos seus braços compridos, que me emaranhavam numa teia de estupidez, frustração e incompetência, arrancar-me do seu novelo burocrático e patético, libertar-me dele e da sua lógica ilógica.

A frustração é-me aplacada pela sensação de alívio, de leveza das horas, agora mais soltas, agora mais minhas. Há um outro sentimento que se impõe a curto prazo, que olho de relance e a medo, um sentimento de incerteza no futuro, de vazio das horas, das tais que hoje passam a ser só minhas e de mais ninguém. Mas não desanimo, nunca desanimarei porque, a toda a hora, cantarei comigo esta canção:

A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio

e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Sérgio Godinho
Pano Cru
(1978)

fim

este é o meu último post feito através do trabalho.

que alívio...!

quarta-feira, novembro 26, 2003

mulheres

eu gosto do público. informa, aponta, denuncia.

numa altura em que se fala de violência doméstica, violência contra as mulheres, volto a ler este dossier e continuo a não entender estas realidades.

terça-feira, novembro 25, 2003

a causa

esta gente diz que tem uma causa, uma causa que é deles, "uma causa-nossa".

que causa é essa? "(...)ser uma referência na esfera bloguística."

só um blog com a sempre-que-abro-a-boca-só-digo-disparates ana gomes, o coitadinho-de-mim-que-tenho-de-explorar-a-relação-tramada-com-o-meu-pai-para-vender-uns-livros luis osório (sobre quem tenho mais umas quantas teorias), o ex-jornalista-ex-director-de-jornal-ex-realizador-actual-deputado-socialista vicente jorge silva, o ex-companheiro-do-anterior-deputado-ex-director-de-agência-noticiosa-e-agora-quem-é-que-me-quer jorge wemans, o eu-sou-uma-sigla-com-mais-relevância-que-a-companhia-de-electricidade eduardo prado coelho, entre outros, poderia ter uma causa tão pretenciosa.

até metem pena...!

sexta-feira, novembro 21, 2003

arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego

Sérgio Godinho
Campolide
(1979)


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é o que preciso a partir do dia de hoje.

quinta-feira, novembro 20, 2003

Etelvina I

Etelvina já cansada de viver sem ninguém

a não ser de vez em quando amores de vai e vem

pôs um anúncio no jornal que dizia assim

mulher desembaraçada

quer viver com alma irmã

de quem não seja criada

de quem não seja mamã


Sérgio Godinho
À Queima Roupa
(1974)

respeitem os seus cabelos brancos

mulher eu sei


eu sei como pisar

no coração de uma mulher

já fui mulher eu sei

para pisar no coração de uma mulher

basta calçar um coturno

com os pés de anjo noturno

para pisar no coração de uma mulher

sapatilhas de arame

o balé belo infame

para pisar no coração de uma mulher

pés descalços sem pele

um passo que a revele

Chico César
Aos Vivos (1994)

uma cena de fadas

todas as manhãs levanto-me, tomo banho, visto-me, lavo os dentes, arranjo a mala, envio um sms à raquel a dizer que estou a sair de casa, escolho o anel, escolho os brincos e olho o meu belo adormecido adormecido na cama. todas as manhãs olho-o e pergunto-me "como é que eu posso deixar este belo adormecido sozinho nesta cama?". todas as manhãs faço-lhe uma festinha na cara e beijo-o, ora num longo, ora num instantâneo beijo de acordar, de bom dia, de já é hora, já passam das nove... todas as manhãs ele abre os olhos, olha-me, boceja e espreguiça-se enchendo a cama de braços esticados.

todas as manhãs vivo um conto de fadas, beijando e despertando o meu amor belo e adormecido.

quarta-feira, novembro 19, 2003

fausto

o fausto tem um cd novo! o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!

ena! ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!

que excitação...!

em família

Desde 1976, uma família argentina fotografou-se todos os anos, sempre no mesmo dia, na mesma posição e no mesmo lugar.

salamaleques arabescos

não gosto das pessoas que se escondem atrás das palavras, que sarapintam os sentimentos de acessórios rococós que encandeiam o mais atento leitor. não quer isto dizer que não gosto de poesia. leio-a através das músicas e canto-a com sons, fonemas e interjeições. mas notem: o vinicius de morais não se entrega ao salamaleques arabescos para escrever sobre o amor, nem o fausto, nem o tom jobim, nem o camões, nem o fernando pessoa, nem o chico buarque, nem o jacques brel. qualquer pessoa os lê e os compreende...

terça-feira, novembro 18, 2003

segunda-feira, novembro 17, 2003

tom

Só tinha de ser com você

É, só eu sei
Quanto amor eu guardei
Sem saber que era só prá você

É, só tinha de ser com você
Havia de ser prá você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você

É, você que é feita de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonita demais
Se ao menos pudesse saber

Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim

Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim

António Carlos Jobim
Aloysio de Oliveira

(1964)

à ana

tremo. mas não frio, aqui nesta sala aquecida. tremo. não consigo controlar o meu corpo, parece que me descarregam choques eléctricos nas costas, os meus dedos não acertam nestas teclas demasiado juntas. tremo de frio, afinal... de um gelo que me assaltou ainda há pouco. as minhas pernas estremecem e os meus cotovelos não se conseguem apoiar nesta mesa. vejo o cigarro que fumo em equilíbrio perquilitante à minha frente, na curta viagem entre o cinzeiro e a boca. tremo de frio, de medo, de medo, de medo.

já viste? sou a única pessoa que te chama de mana. nem o joão, nem a dadá, nem o reinaldo, nunca nenhum deles poderá ouvir-se a dizer mana. falar mana. sorrir mana. gritar mana. chorar mana. este é o meu único exclusivo em relação a ti. e como lhe tenho apreço! o prazer que me dá soletrar mana quando estou contigo... é esse o teu nome para mim. sabes que quando era miúda, e não tinha nada que fazer nas aulas, escrevinhava o teu nome nas folhas do caderno? que quando comprava uma caneta nova era o teu nome que a minha mão desenhava no papel? estreavas-as sempre com o teu nome, não com o meu. o teu nome bonito, claro, radioso, que me fazia inveja por soar tão bem, por ser curto e ritmado, por ter um ar doce, de menina. todas as músicas eram com o teu nome, ao contrário do meu, que embora também englobe o teu, se perde e se enfada na antecipação das letras. lembraste?

sabes que não imagino a minha vida sem ti? tal e qual o joão ou a dadá. és a minha pequena mãe. a minha irmã mais velha. o meu porto seguro. alimentas-me os dias. nunca reparaste como digo mana com um orgulho que me enche o peito, com um amor que que me extravaza?

queria morrer antes de ti... para nunca sentir a tua falta.

para a mana

Eu contigo

Eu, contigo
eu consigo
fazer o que digo

Eu, contigo
eu não cobro
eu não pago
e eu não devo

Devo dizer-te ao ouvido
eu sem ti
não tem sentido
tem sido
(devo dizer-te ao ouvido)
bem bom
bem bom bem bom
bem mais
do que o que é bom
bem bom bem bom

Sérgio Godinho
Canto da Boca (1981)

quinta-feira, novembro 13, 2003

blogs

blogs que me dão uma vontade ansiosa de fumar...!

gosto

gosto muito do sr. carne. vai já para a coluna do lado!

mil

caramba, cheguei às mil visitas certinhas...

cus

na minha ronda diária pelos blogs vejo na blogotinha a mais recente moda de inverno...

quarta-feira, novembro 12, 2003

velocidade

tento perceber como funcionam estes acessos rápidos do clix e da iol mas a lentidão é tanta que só me apetece fechar o computador e esquecer isto tudo. o próprio computador é muito, muito lento... estou mesmo mal habituada!

finalmente

estou a "postar" de casa.

isto por telefone é tão lentinho...!

eu

sou um bocadinho mazinha...

que porcaria

como desde 1 de novembro não há limpeza aqui neste buraco, começamos a ser "zumbidamente" atacados por moscas.
estou a chegar ao meu limite!

terça-feira, novembro 11, 2003

desespero

ando a tentar abrir o síte do iefp (instituto de emprego e formação profissional) desde do início da manhã. impossível!

convictamente

não tenho televisão.

ainda não...

...tenho telefone.
ao que parece a linha só começa a funcionar 48 horas úteis depois de ser instalada. ou seja, a esta altura tem mais do que obrigação de funcionar quando chegar a casa. se não estiver... lá se vai por água abaixo a recém-adquirida confiança nos monopólios!

segunda-feira, novembro 10, 2003

como previa

o paulo pedroso aparece esta semana na capa da flash, a mais recente revista cor-de-rosa, abraçado à sua namorada, que além de ter voz de homem também tem cara de homem... fiquei aterrada: em pleno domingo à tarde, no meio do pingo doce, com uma embalagem de detergente para a loiça numa mão e uma lata de graxa, quatro sabonetes e uma escova para calçado noutra, a olhar para aqueles olhos mípoes de carneiro mal morto, a espetar a cabeça por detrás da namorada, a quem abraçava. ouvia-me a dizer "haaaaaaaaa...!". ela, de sobrancelha escura e grossa (devia ir tratar disso... as minhas também são fartas e escuras mas até que me ficam bem... ela não: parece um verdadeiro bresnev versão feminino. no que toca às sobrancelhas, claro!), de sorriso estampado, espantado a olhar de frente para mim enquanto ele, de camisa por cima de t'shirt branca, mirava-me com um ar meio terno-sedutor-coitadinho que não consigo nomear.

fiquei chocada e tive uma revelação: percebi que quando for para o desemprego, posso-me tornar "futuróloga" ou outra coisa qualquer acabada em óloga porque, não sabendo, acertei na muche há uns dias atrás...!

já me estou a ver:

madame susa, especialista em futurologia através de entrevistas dadas à comunicação social! descontos amigos a antigos ministros de esquerda, velhos diplomatas e actuais deputados! previsões fantásticas e certeiras!

isto tudo num cartaz com muito pirlimpim-pim e uma fotografia minha com um ar sério, de mulher entendida com as coisas do além, de turbante vermelhasco na cabeça!

pois...

...a linha ainda não funciona.
ao que parece demora 48 horas úteis até começar a funcionar.
no meio disto tudo, a minha vizinha do lado ficou sem telefone.
nunca lhe tinha acontecido!

sexta-feira, novembro 07, 2003

pronto!

já tenho telefone em casa! já sou uma navegadora internaútica aqui (neste pântano) e em minha casa (uma linda seara de trigo!).

quinta-feira, novembro 06, 2003

dadá

vejam lá se eu não tenho uma sobrinha linda!?

sim!!!

é amanhã! caramba, que surpresa...! retiro tudo de mal que disse sobre a pt neste blog... e na vida inteira...

long live os monopólios!

tão rápido??

será possível que a pt vá lá a casa instalar a linha já amanhã? vou confirmar!

quarta-feira, novembro 05, 2003

estreou...

revolutions

cantada por maria rita...

A festa
(Milton Nascimento)

Já falei tantas vezes
Do verde nos teus olhos
Todos os sentimentos me tocam a alma
Alegria ou tristeza
Espalhando no campo, no canto, no gesto
No sonho, na vida
Mas agora é o balanço
Essa dança nos toma
Esse som nos abraça, meu amor (você tem a mim)

O teu corpo moreno
Vai abrindo caminhos
Acelera meu peito,
Nem acredito no sonho que vejo
E seguimos dançando
Um balanço malandro
E tudo rodando
Parece que o mundo foi feito prá nós
Nesse som que nos toca

Me abraça, me aperta
Me prende em tuas pernas
Me prende, me força, me roda, me encanta
Me enfeita num beijo

Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
Lua, nuvens, estrelas
A banda toca
Parece magia
E é pura beleza
E essa música sente
E parece que a gente
Se enrola, corrente
E tão de repente você tem a mim


... a filha mais nova da elis regina. não consigo deixar de ouvir o álbum. é viciante. parece que ouço a mãe mas descubro-lhe sempre um novo timbre. é maria rita mariano, a filha!

terça-feira, novembro 04, 2003

precipitada

como sempre, depois de insultar o monopólio da PT e de os apelidar de cães, lá me submeti à informação telefónica para tentar saber se o tal pacote pt primeira vez tinha acabado ou não. não sendo ainda cliente deste monopólio, mesmo assim fui obrigada a dar o número do meu bi no primeiro contacto telefónico. se não o fizesse, juntamente com a minha morada e o meu nome completo, não me passavam ao colega que me iria dar a informação que necessitava. fui passada à colega, a quem pedi informações sobre o tal pacote: o pacote pt primeira vez.

eu pergunto: boa tarde, queria saber mais informações sobre o pacote pt primeira vez.
a operadora: deseja então o pacote primeira vez adsl?
eu respondo: não! eu disse que queria o pacote pt primeira vez, não disse adsl!
ela pergunta: quer dizer que quer o pacote pt primeira vez simples?
eu respondo secamente: sim!!
a esta altura do campeonato já começava a sentir arrepios...!

seguimos para bingo e ela questiona-me:
ela - qual o seu número de cliente?
eu - eu não sou cliente da pt... por alguma razão é que estou a pedir o pacote pt primeira vez, não acha?!!

aqui a conversa começou a ficar tensa... lá me deu as informações que pretendia e depois surpreendeu-me
a operadora - mas se vai instalar uma linha, porque não se informa sobre outros pacotes? talvez sejam mais interessantes...
a potencial cliente surpresa e titubiante - como? mas quais? como? mas há outros? não os vejo aqui na vossa página!
a operadora - eu também já procurei na página mas não os encontrei...! vou-lhe dar então a informação sobre os restantes pacotes!
a potencial cliente pasma a pensar "porque raio têm estes tipos uma página na internet?" - então diga lá...

conclusão: fui apanhada por mais um monopólio, o pacote pt primeira vez foi preterido pelo pacote "por 69€ tenha a instalação gratuita e um telefone sem fios!", a página de internet da pt não tem muito valor promocional e vou ter internet lá em casa dentro de 5 a 15 dias úteis.

dúvida: afinal, qual é a vantagem do pacote pt primeira vez? deixei-o cair ao fim de 30 segundos...

internet

pois, não tenho telefone nem internet em casa. também não tenho dinheiro. muito dinheiro, pelo menos... é o que dá ser explorada por um polvo há três anos. aumentou-me apenas uma vez, passados seis meses... devia estar num dia mais bem disposto, pois o homem irradiava caridade. coitado, sempre que me lembro dele, com aquela sua atitude de chefia mal vestida, com um ar magnânime, a mandar-nos entrar, uma por uma, e a distribuir fracos aumentos, a iludir-se a si próprio para poder sentir-se melhor com a sua pequenez. há momentos em que tenho pena deste polvo, preso em si próprio, nas suas contradições, na sua tinta escura, na sua cara-máscara, escondido por detrás de um riso forçado, sem ritmo, num HA-HA-HA teatral, mas de teatro amador muito deficiente... é um pobre polvo, desinteressante. não há quem o queira pescar...!

mas voltando à internet. concluo que por mais que existam as onis, as novis, as jazzteis, as vodafones e similares, que terei sempre de comprar o produto PT. a minha casa desprovida dos meandros das telecomunicações terá sempre de se submeter ao monopólio e implorar à PT que venha instalar uma das suas linhas... merda! merda! merda! detesto relacionar-me com monopólios! as edp's e as epais provocam-me arrepios! brrrrrr...

e merda outra vez!!! que os cães da pt já acabaram com a única promoção que me interessava, a pt primeira vez! estou lixada! mas eles não podiam estender a promoção até ao final deste ano para eu poder usufruir dela???

segunda-feira, novembro 03, 2003

pesadelo

é sonhar que se é namorada do paulo pedroso...

descoberta!

...por um pardalito. não sei bem como reagir. é que o pardalito em questão é amigo do polvo... ou diz-se amigo do polvo. nunca percebi.

eu gosto do pardalito. trabalhei com ele durante 2 anos e sempre lhe reconheci mérito, competência e responsabilidade. às vezes tínhamos os nossos arrufos, mas ainda sorrio quando leio a sua dedicatória de parabéns num cartão em 2001 "Susaninha, adoro-te!!!". eu também gostava bastante dele na altura. hoje ainda gosto dele e tenho muita pena que este pardalito tenha voado para o hemisfério sul, para o outro lado o oceano. por outro lado, fico contente por ele. é um pardalito espertalhão, este...!

sempre fiquei espantada a olhar para as mãos do pardalito. durante todo o ano eram rosadas, tinham um ar queimado e sempre as achei um pouco gordas, em comparação com o resto do corpo. gordas talvez não... inchadas. eram umas mãos queimadas, vermelhuscas e inchadas. para além da cara e do riso, vou-me lembrar destas mãos e relacioná-las sempre com o pardalito!