a confissão

o meu sobrinho foi hoje confessar-se pela primeira vez.

alguém me explica que pecados poderá ter cometido um puto de oito anos?

a crise instalou-se!

acabo de descobrir que estou pobre. tenho muitos euros no banco, mas devo muito mais aos próprios bancos e a todos os que me rodeiam.

e tinha de fazer esta miserável descoberta logo na época de natal...

tá decidido: vou comprar pasta de modelar ou barro e fazer uns cinzeirinhos com o molde do pé do meu infante. lá em casa, vai ser tudo despachado a artesanato!

acaso

hoje, após atravessar a cidade a conduzir furiosamente (que implica dizer uns caralhos e fodasses a cada semáforo que apanho) e perceber que não conseguiria chegar a tempo à visita da maternidade (lisboa é a cidade mais mal assinalada do mundo), encontrei, por mera casualidade, a mana na 5 de outubro. reconhecível a mais de 100 metros com o seu sobretudo de borbotos rosa.

o acaso é uma coisa maravilhosa.

efeitos secundários

ou muito me engano, ou esta gravidez está-me a fazer crescer uma barbinha de bode no meu queixo.

também já percebi que se me descuido com o buço, torno-me um cantiflas com mamas e de metro e meio.

estou fodida... depois do puto nascer, vou ter de gastar uma pipa de massa em depilação a laser. a cera torna-se obsoleta perante tanta pilosidade.

tou dando tudo de mim!

quem me conhece pode imaginar como estou grata ao youtube.

(ando há mais de meia hora que ando a tentar escolher um vídeo. isto é totalmente demais!)

tuti-fruti

mana, tens razão em relação ao compal de manga.

mas não posso concordar contigo em relação ao tuti-fruti: a expressão em si já é um clássico, daqueles do tempo do topo gigio.

(o meu preferido é o compal de alperce... também preferia as latinhas antigas, de metal duro que se abriam tão delicadamente.)

a hora pequenina

odeio quando me desejam “uma hora pequenina”. faço um sorriso amarelo, que transparece o meu amuo e passa-me pela cabeça berrar-lhes que metam a hora pequenina pelo cu acima.

a “hora pecanina”, como muitas lhe chamam, é parir um bebé com mais de três quilos, que já mal me cabe na barriga e cuja cabeça terá de passar por entre as minhas pernas…

a “hora pekanina”, como lhe chamariam as adolescentes acéfalas, implica dilatar dez dedos (duas mãos!, meus senhores) uma zona do meu corpo que, por norma, se encontra aconchegadinha, e pode onde entra, com algum jeitinho, um tampão com aplicador do tamanho normal…

a “hora piquenina”, como certas zombeteiras me dizem, é passar até 24 horas com contracções, deitada numa cama, sem poder comer nem beber, a soprar velinhas ou a tentar treinar na hora as básculas de bacia que fingi praticar ao longo da noite...

a “hora pequenina”, o caralho! vou é parir!!

desejem-me, por favor, um bom parto, rápido e sem complicações, livre de cortes e suturas, que me permita estar em casa após 48 horas e dar quecas um mês depois...

e fica o recado dado.

pardalito vs leão

é suposto o meu estômago estar pequeno e encolhido como um pardalito perdido...

mas surpreende-me como é que consigo comer que nem um leão à solta numa savana africana: de bocarra aberta, voraz e sôfrega, como se não houvesse amanhã.

(nunca mais voltarei a vestir o 34!)

beta

afinal o que é que mudou neste novo blogger?

csi

hoje sonhei com o csi. sonhei com o warrick. a noite toda. sonhei que eu era do csi. será possível que não haja nada mais interessante com o que se possa sonhar?

eu, uma europeia plena, com um pezinho na índia e cotovelo em áfrica a desperdiçar o meu inconsciente com uma série americana?

meu deus, qualquer dia dou por mim a dizer bem do bush, sem saber muito bem como!

(claro que ando viciada no csi. tenho de pedir a segunda série à minha colega, antes que chegue a minha hora...)

desculpe, importa-se de repetir?

"Ainda que as imagens transmitidas pela estação estado-unidense, quarta-feira, não sejam muito explícitas, são consideradas das mais quentes da série."

alguém me explica onde é que o correio da manhã vai buscar os seus jornalistas? ao brasil, cara?!

na terra do sr. ikea

Rena embriagada aterroriza crianças suecas

hoje

apetece-me ver este filme.

o dia depois

ao contrário da mana, nunca me lembro daquilo que sonho. mas sei que ontem à noite sonhei com ele e que acordei a cantarolar uma das suas músicas.

também tenho a certeza que o final teria sido mais apoteótico, não fosse a puta da velha esquálida que se pespegou ao meu lado durante o segundo e o terceiro encore, a chamá-lo “psssttt!! olhe!!!ooolhe!! pssst!” de indicador estendido, como quem chama o empregado de café, a pedir estupidamente a valsinha.

a minha vontade era dar uma cotovelada à malvada da velha e de a atirar para o fosso da orquestra, onde jazia a mala da rita.

pior momento do dia

ouvir o paulo gonzo a cantar o “she” com um trompete fanhoso ao fundo. pela terceira ou quarta vez...! o homem até soluça, tal é a emoção naquela voz embargada e naquele sotaque inglês rameloso de terceira categoria.

o gonzo é daqueles que canta como se estivesse a fazer força para fazer cocó.

[deviam-lhe ensinar aquelas respirações que ando a aprender no curso de preparação para o parto. inspira-inspira-expira-expira. ou a respiração cãozinho cansado. ou ainda o cantarolar do frére jacques em alta rotação. as três maneiras como não se fazer força enquanto se encontra no período de transição, ou seja, quando os putos querem sair mas as mães ainda não estão física (e mentalmente) preparadas para a coisa.]

ou isso ou prevejo uma rajada de bufas no palco, de tal forma que até deve levantar vôo do seu banquinho!