Choose life.
Choose a job.
Choose a career.
Choose a family.
Choose a fucking big television.
Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers.
Choose good health, low cholesterol and dental insurance.
Choose fixed-interest mortgage repayments.
Choose a starter home.
Choose your friends.
Choose leisure wear and matching luggage.
Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics.
Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning.
Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth.
Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself.
Choose your future.
Choose life.
...
terça-feira, março 30, 2004
segunda-feira, março 29, 2004
o sapo...
...é uma grande merda!
exacto... sim! esse mesmo: o sapo!
aquele portal de gente tão incompetente e inculta, que até hoje ainda não perceberam que o sapo é, na realidade, uma rã!
então no anúncio de televisão é vergonhosamente óbvio.
principalmente má aquela parte das homepages... uma verdadeira porcaria...
ora experimentem lá ir a http://ganeshgordo.no.sapo.pt.
(se conseguirem, fico verde de vergonha!)
exacto... sim! esse mesmo: o sapo!
aquele portal de gente tão incompetente e inculta, que até hoje ainda não perceberam que o sapo é, na realidade, uma rã!
então no anúncio de televisão é vergonhosamente óbvio.
principalmente má aquela parte das homepages... uma verdadeira porcaria...
ora experimentem lá ir a http://ganeshgordo.no.sapo.pt.
(se conseguirem, fico verde de vergonha!)
domingo, março 28, 2004
domingos
domingo. início da noite.
estou lenta. apetece-me fumar um cigarro mas temo pelas dores de garganta. o nariz pinga e sinto este escritório gelado. a preguiça é tanta que me custa pôr os acentos nas respectivas letras. escrevo com uma mão, enquanto a outra serve de apoio ao queixo.
domingo... início de noite...
devia haver uma lei que proibisse os fins de tarde de domingo: são deprimentes.
estou lenta. apetece-me fumar um cigarro mas temo pelas dores de garganta. o nariz pinga e sinto este escritório gelado. a preguiça é tanta que me custa pôr os acentos nas respectivas letras. escrevo com uma mão, enquanto a outra serve de apoio ao queixo.
domingo... início de noite...
devia haver uma lei que proibisse os fins de tarde de domingo: são deprimentes.
terça-feira, março 23, 2004
sexta-feira, março 19, 2004
paixão literária
Bolero do coronel sensível que fez amor em Monsanto
Vitorino
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Vitorino e António Lobo Antunes
(1992)
confesso: ando perdida de amores pelo lobo antunes.
estou-me a borrifar que o gajo seja arrogante, convencido, que despreze portugal, que publique os seus livros primeiro no estrangeiro e só depois cá, que escreva numa língua que não o português, que seja louco, pisocótico, estúpido.
paciência. não há nada a fazer! estou enamorada e pronto!
Vitorino
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Vitorino e António Lobo Antunes
(1992)
confesso: ando perdida de amores pelo lobo antunes.
estou-me a borrifar que o gajo seja arrogante, convencido, que despreze portugal, que publique os seus livros primeiro no estrangeiro e só depois cá, que escreva numa língua que não o português, que seja louco, pisocótico, estúpido.
paciência. não há nada a fazer! estou enamorada e pronto!
quarta-feira, março 17, 2004
outra grande dúvida...
... porque é que os homens coçam os tomates em público? volta-meia-volta lá estão eles com o mindinho ou o indicador...
e outra! e porque é que escarram para o chão, ali no meio da rua? com tanto ruído, que se pode ouvir um tipo a escarrar à distância de meia légua?
e outra! e porque é que escarram para o chão, ali no meio da rua? com tanto ruído, que se pode ouvir um tipo a escarrar à distância de meia légua?
terça-feira, março 16, 2004
Balada para los poetas andaluces de hoy
Autor: Rafael Alberti
¿Qué cantan los poetas andaluces de ahora?
¿Qué miran los poetas andaluces de ahora?
¿Qué sienten los poetas andaluces de ahora?
Cantan con voz de hombre, ¿pero donde están los hombres?
con ojos de hombre miran, ¿pero donde los hombres?
con pecho de hombre sienten, ¿pero donde los hombres?
Cantan, y cuando cantan parece que están solos.
Miran, y cuando miran parece que están solos.
Sienten, y cuando sienten parecen que están solos.
¿Es que ya Andalucia se ha quedado sin nadie?
¿Es que acaso en los montes andaluces no hay nadie?
¿Qué en los mares y campos andaluces no hay nadie?
¿No habrá ya quien responda a la voz del poeta?
¿Quién mire al corazón sin muros del poeta?
¿Tantas cosas han muerto que no hay más que el poeta?
Cantad alto. Oireis que oyen otros oidos.
Mirad alto. Veréis que miran otros ojos.
Latid alto. Sabreis que palpita otra sangre.
No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo.
encerrado. su canto asciende a más profundo
cuando, abierto en el aire, ya es de todos los hombres.
***************************************************
esta é das tais que me arrepiam os cabelinhos da nuca.
segunda-feira, março 15, 2004
tricas, dotícia e rolmo
sempre gostava de saber onde é que ela vai arranjar estes nomes deliciosos??
se eu fosse católica, pedia-lhe para ser madrinha dos meus filhos: haveria de lhes dar nomes únicos e fantásticos e contar-lhes as suas maravilhosas histórias de encantar...
se eu fosse católica, pedia-lhe para ser madrinha dos meus filhos: haveria de lhes dar nomes únicos e fantásticos e contar-lhes as suas maravilhosas histórias de encantar...
bin laden visto no martim moniz
pelas notícias de hoje, parece que o país está ansioso por ser o próximo alvo de atentados bombistas...! ele é ameaças terroristas para aqui, ele é mensagens com avisos para ali... o primeiro ministro fala, o presidente declara, os dois ministros sem pasta alertam, a oposição opina e a imprensa alarma!
sim senhora!!
sim senhora!!
quarta-feira, março 10, 2004
fumando
nunca deveria ter virado à direita no semáforo, em direcção à bomba de gasolina.
nunca deveria ter estacionado o carro.
nunca deveria ter saído do carro com 2,05€ no bolso e pedido um maço de português azul.
nunca deveria ter comprado tabaco depois de dois a tentar deixar de fumar.
fumando, escrevo agora estas palavras...
que merda! tenho de deixar de fumar... isto é mesmo um vício....!
nunca deveria ter estacionado o carro.
nunca deveria ter saído do carro com 2,05€ no bolso e pedido um maço de português azul.
nunca deveria ter comprado tabaco depois de dois a tentar deixar de fumar.
fumando, escrevo agora estas palavras...
que merda! tenho de deixar de fumar... isto é mesmo um vício....!
quarta-feira, março 03, 2004
quando ela tinha nove anos
sempre que lhe falo de música portuguesa ou música brasileira, faz uma ar de indiferença. não comenta. não gosto, diz. há uns tempos atrás prometi-lhe gravar um cd com as minhas músicas brasileiras predilectas. cobrou-me a promessa, infinitamente adiada umas quantas vezes... agora que tenho gravador de cds, tenho de começar a fazer a selecção. vai demorar. tenho de a deixar deliciada com a música brasileira.
ate porque eu fazia um ar enjoado e enfadado sempre que a ouvia falar da stevie nicks. que horror, não gosto nada dessa tipa, dizia-lhe eu, principalmente daquela úsica, o i can't wait, que sempre teve o condão de me irritar, desde miudinha. hoje gosto de stevie nicks. dei por mim aos 21 anos sentada num bar em nova york a tentar ver e ouvir a espantosa reunião dos fleetwood mac no the dance, depois do empregado ter exigido ver os nossos passaportes antes de nos servir uma simples cerveja. hoje gosto muito de stevie e muitas vezes ouço as suas músicas preferidas, que ela me gravou em cd logo que pode.
por isso o meu espanto quando, na sexta passada, no meio de uma acesa discussão ao som do álbum roberto carlos, quando se indignava com o facto de eu e clara gostarmos das baleias, apoiando as frases de escárnio da rita, soltou um berrinho, parou e emocionou-se exclamando eu adoro esta música!!!! com um copo de vinho na mão e sorriso pateta de felicidade cantava baixinho a letra daquela música até há poucos minutos tão brega do roberto carlos. cantava concentrada, deslumbrada por ainda se recordar da letra toda, a letra da cama e mesa do roberto carlos. cantava concentrada enquanto o resto da casa a olhava maravilhada (eu) ou rebolava a rir no meio do chão (rita).
vera, a terceira estarola, descobria que afinal a música não é só anglo-saxónica e moderna e que, algures no brasil, um velho ídolo católico ferveroso a fazia regressar aos seus nove anos, no tempo em que ouvia os singles dos pais vezes e vezes sem conta.
Cama e mesa
Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom
Me esfregar na sua boca, ser o seu batom
O sabonete que te alisa embaixo do chuveiro
A toalha que desliza no seu corpo inteiro
Eu quero ser seu travesseiro e ter a noite inteira
Pra te beijar durante o tempo que você dormir
Eu quero ser o sol que entra no seu quarto adentro
Te acordar devagarinho, te fazer sorrir
Quero estar na maciez do toque dos seus dedos
E entrar na intimidade desses seus segredos
Quero ser a coisa boa, liberada ou proibida
Tudo em sua vida
Eu quero que você me dá o que você quiser
Quero te dar tudo que um homem dá pra uma mulher
E além de todo esse carinho que você me faz
Fico imaginando coisas, quero sempre mais
Você é o doce que eu mais gosto
Meu café completo, a bebida preferida e o prato predileto
Eu como e bebo do melhor e não tenho hora certa
De manhã, de tarde, à noite, não faço dieta
Esse amor que alimenta minha fantasia
É meu sonho, minha festa, é minha alegria
A comida mais gostosa, o perfume e a bebida
Tudo em minha vida
Todo homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe
Mas o homem que sabe o que quer
E se apaixona por uma mulher
Ele faz desse amor sua vida
A comida, a bebida, na justa medida
O homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe
Mas o homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe
Mas o homem que sabe o que quer
E se apaixona por uma mulher
Ele faz desse amor sua vida
A comida, a bebida, na justa medida?
Roberto Carlos - Erasmo Carlos
(1981)
ate porque eu fazia um ar enjoado e enfadado sempre que a ouvia falar da stevie nicks. que horror, não gosto nada dessa tipa, dizia-lhe eu, principalmente daquela úsica, o i can't wait, que sempre teve o condão de me irritar, desde miudinha. hoje gosto de stevie nicks. dei por mim aos 21 anos sentada num bar em nova york a tentar ver e ouvir a espantosa reunião dos fleetwood mac no the dance, depois do empregado ter exigido ver os nossos passaportes antes de nos servir uma simples cerveja. hoje gosto muito de stevie e muitas vezes ouço as suas músicas preferidas, que ela me gravou em cd logo que pode.
por isso o meu espanto quando, na sexta passada, no meio de uma acesa discussão ao som do álbum roberto carlos, quando se indignava com o facto de eu e clara gostarmos das baleias, apoiando as frases de escárnio da rita, soltou um berrinho, parou e emocionou-se exclamando eu adoro esta música!!!! com um copo de vinho na mão e sorriso pateta de felicidade cantava baixinho a letra daquela música até há poucos minutos tão brega do roberto carlos. cantava concentrada, deslumbrada por ainda se recordar da letra toda, a letra da cama e mesa do roberto carlos. cantava concentrada enquanto o resto da casa a olhava maravilhada (eu) ou rebolava a rir no meio do chão (rita).
vera, a terceira estarola, descobria que afinal a música não é só anglo-saxónica e moderna e que, algures no brasil, um velho ídolo católico ferveroso a fazia regressar aos seus nove anos, no tempo em que ouvia os singles dos pais vezes e vezes sem conta.
Cama e mesa
Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom
Me esfregar na sua boca, ser o seu batom
O sabonete que te alisa embaixo do chuveiro
A toalha que desliza no seu corpo inteiro
Eu quero ser seu travesseiro e ter a noite inteira
Pra te beijar durante o tempo que você dormir
Eu quero ser o sol que entra no seu quarto adentro
Te acordar devagarinho, te fazer sorrir
Quero estar na maciez do toque dos seus dedos
E entrar na intimidade desses seus segredos
Quero ser a coisa boa, liberada ou proibida
Tudo em sua vida
Eu quero que você me dá o que você quiser
Quero te dar tudo que um homem dá pra uma mulher
E além de todo esse carinho que você me faz
Fico imaginando coisas, quero sempre mais
Você é o doce que eu mais gosto
Meu café completo, a bebida preferida e o prato predileto
Eu como e bebo do melhor e não tenho hora certa
De manhã, de tarde, à noite, não faço dieta
Esse amor que alimenta minha fantasia
É meu sonho, minha festa, é minha alegria
A comida mais gostosa, o perfume e a bebida
Tudo em minha vida
Todo homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe
Mas o homem que sabe o que quer
E se apaixona por uma mulher
Ele faz desse amor sua vida
A comida, a bebida, na justa medida
O homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe
Mas o homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe
Mas o homem que sabe o que quer
E se apaixona por uma mulher
Ele faz desse amor sua vida
A comida, a bebida, na justa medida?
Roberto Carlos - Erasmo Carlos
(1981)
terça-feira, março 02, 2004
não pode ser...
proibo-me de ler os textos da minha irmã no emprego. corro o sério risco de desatar a chorar ao pé do gordo jovem administrativo que passa horas a tirar fotocópias, mesmo aqui ao meu lado. ou da rapariga grávida de quatro meses que segura a barriga num gesto de ternura...
não pode ser...
não pode ser...