terça-feira, novembro 30, 2004

clã

inquestionavelmente, a melhor banda de música portuguesa.

impressionantemente, não consegui uma imagem de jeito para alindar o post. ando há meia hora à procura e nada. nem da capa do álbum, nada...

ou seja, este post não é nada daquilo que eu tenho vindo a imaginar desde sexta-feira à noite. foda-se!

(claro que a palavra "foda-se" não se encontrava incluída no post imaginário)

terça-feira, novembro 23, 2004

variando

pergunta a mim mesma

onde é que eu tinha a cabeça quando me resolvi meter num mestrado?

será que já não tinha aprendido com a tese de licenciatura? ou com a monografia da pós-graduação?

tenho a vida em suspenso, isso sim...

terça-feira, novembro 16, 2004

segunda-feira, novembro 15, 2004

continuação do post anterior (agora em perfeito delírio)

Murphy Brown - Hang with Murphy and the gang in Feb **Updated** with extras
Posted by Gord Lacey
11/11/2004

We've just received word from retailers that Warner Bros will release a slew of new TV titles for release on February 8th. We've already told you that Full House, The Fresh Prince of Bel Air and Murphy Brown were coming to DVD in 2005, but now Warner has announced The Wayans Bros, The Jamie Foxx Show and Night Court will join them. That's right, 6 comedies will receive season 1 sets on the same day, and Warner Bros intends to launch a large promotion around the titles.

Candice Bergen stars as Murphy Brown, an outspoken TV journalist, who along with her hilariously quirky cohorts of the top-rated newsmagazine show, FYI, struggles to handle personal and professional problems with humor and insight.

The 22 episodes (572 mins) of Murphy Brown season 1 will retail for $29.98, though you should be able to find it discounted to $25. The episodes are on 2 double-sided discs, with an English stereo soundtrack, and English, French and Spanish subtitles. Special features include an exclusive never-before-seen look back at season one and how it all began. Creator & Cast episode commentary also included.




ai, que até me faltou o ar...

mas que raio... legendas em espanhol?

e que merda é esta de "double-sided discs"?

Murphy Brown - FYI: DVDs are in-the-works!

We're sure Dan Quayle won't be thrilled, but we are! Murphy, Jim, Corky, Frank, Miles, and even Eldin the painter and Phil from Phil's Restaurant are all headed to DVD in 2005. Gord Lacey, Webmaster and President of TVShowsOnDVD, is spending this week in L.A. for the 2nd annual TV-DVD Conference. While there he's found out that Murphy Brown, the long-running (10 seasons!) comedy, starring 5-time Emmy-winner Candice Bergen, is in-the-works and should in stores during the first quarter of 2005.

No specific date was given, but stay tuned for the official announcement from Warner Brothers and we'll pass on all the details at that time.


eu sei que isto é perfeitamente estúpido, imbecil, tacanho, infantil mas... porra... até me emocionei!

qual sexo na cidade, qual carapuça! murphy brown rules, m'a man!

qualquer pessoa que seja minha amiga já sabe o que me pode oferecer durante cinco anos em aniversários e natais... depois não digam que não vos facilitei o trabalho.

sábado, novembro 13, 2004

telefónico

atendi o telefone, disse "tou?": alguém, no meio de arfanços, sussurrou "estou...?" e continuou a ofegar, a respirar pesadamente, ou seja, continuou a bater uma punheta. isso mesmo, com as letras todas, punheta, canhola, masturbação, etc. (ajuda-me aqui com os sinónimos, sérgio!). chocada, coloquei o telefone em alta-voz, para o manel ouvir. ele ouviu e disse "deixa estar, não desligues... deixa-o gastar dinheiro!". e assim ficámos os dois, eu especada, de boca aberta e olhos arregalados, a olhar para o telefone e ele a fingir que lia o último volume do corto maltese editado pelo público. o interlocutor, lá do seu lado, prosseguia com o seu acto de prazer solitário, em companhia da sua vizinha do 5º direito (leia-se a mão, ou ambas) e da nossa sala, que o escutava, espantada. após um minuto (coitado, aquilo foi um bocado super sónico) lá se veio, sem grandes barulhos (é daqueles silenciosos) e desligou. pronto: o trabalhinho já estava feito!

no final desta cena toda, o manel (com um ar falsamente blasé) vira-se para mim e pergunta: “ouve lá, quem é que tem o telefone cá de casa?!”. para além dos meus pais, irmãos, vera e rita n., creio que um senhor intitulado 118 também conhece o número...

...'da-se!

deus e diabo

heavy metal do senhor
(zeca baleiro)

o cara mais underground que eu conheço é o diabo

que no inferno toca cover das canções celestiais

com sua banda formada só por anjos decaídos

a platéia pega fogo quando rolam os festivais

enquanto isso deus brinca de gangorra no playground

do céu com os santos que já foram homens de pecado

de repente os santos falam "toca deus um som maneiro"

e deus fala "aguenta vou rolar um som pesado"

a banda cover do diabo acho que já tá por fora

o mercado tá de olho é no som que deus criou

com trombetas distorcidas e harpas envenenadas

mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do senhor

a banda cover do diabo acho que já tá por fora

o mercado tá de olho é no som que deus criou

com trombetas distorcidas e harpas envenenadas

mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do senhor

in Por Onde Andará Stephen Fry?
1997


esta é das canções mais divertidas que alguma vez ouvi. se soubessem a tristeza que tenho por nunca ter percebido como é que se mete músicas nesta merda deste blog!

quinta-feira, novembro 11, 2004

grande novidade...

Disfunção Sexual nas Mulheres É Maior do Que nos Homens
Por CATARINA GOMES

A prevalência de disfunções sexuais nas mulheres é maior que nos homens, mas a maioria dos medicamentos no mercado dirige-se aos problemas masculinos, concluiu anteontem em Lisboa o presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, António Santinho Martins, no último dia das jornadas que comemoram os 20 anos do organismo.

Cerca de 43 por cento das mulheres terão algum tipo de disfunção sexual (14 por cento ligada com a incapacidade de excitação), enquanto este valor nos homens se ficará pelos 31 por cento, indicou um estudo feito nos EUA pelo National Health and Social Live Survey e citado por Santinho Martins, médico endocrinologista no Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, para referir que o problema é mais prevalente entre as mulheres.

A data, considerada histórica, do lançamento do Viagra no mercado mundial (1998) deu uma visibilidade à disfunção eréctil que o problema similar na mulher ainda não adquiriu, reiterou. "É o lado silencioso da questão", comentou Santinho Martins.

Mas o cenário parece estar a mudar, acrescentou, até porque a indústria farmacêutica se está a aperceber de que o mercado das mulheres é muito maior que o dos homem - só nos EUA estima-se que sejam 47 milhões de mulheres com disfunções sexuais, contra 31 milhões de homens.

O que acontece é que com os remédios existentes "é possível curar 90 por cento dos problemas dos homens e só cerca de 20 por cento dos das mulheres". A falta de desejo é a disfunção mais frequente na mulher e a sua melhoria por via farmacológica está muito pouco explorada; no homem, a perturbação mais comum é a disfunção eréctil e há mais soluções terapêuticas.

"Os medicamentos para a disfunção dos homens são mais do que satisfatórios, para as mulheres são mais do que insatisfatórios", concordou a psicóloga do Hospital Júlio de Matos Catarina Soares. Mas defendeu que nem tudo se resolve com "a medicamentalização da sexualidade", uma vez que a falta de resposta sexual feminina está mais condicionada por aspectos afectivos e sócio-culturais.

"Há um número significativo de disfunções sexuais sem problemas orgânicos. O estado de ignorância em relação à mulher é ainda grande", defendeu a psicóloga.

Há muito desconhecimento em torno "da fisiologia da excitação da mulher": o que se sabe é que a sexualidade feminina está muito mais ligada a aspectos afectivos e psicológicos do que no homem, frisou Santinho Martins.

Envelhecimento e "stress"

"Tenho esperança que dentro de cinco anos vamos ter mais medicação para a mulher, há substâncias em estudo", continuou o endocrinologista.

O sexólogo Allen Gomes traçou um cenário animador em que o ano do lançamento do Viagra como que encerra a hegemonia do homem na disciplina da sexologia e há indícios de que se está a entrar "nos anos das mulheres".

Os novos desafios da sexologia têm também a ver com a disfunção eréctil em homens mais velhos. Os técnicos registam a procura crescente nas consultas de sexologia de doentes crónicos, um sintoma de que o direito à saúde sexual chega a cada vez mais pessoas, reitera Santinho Martins.

O aumento da disfunção eréctil do homem é também sinal do envelhecimento da população, do aumento de hábitos tabágicos, do sedentarismo, do "stress" e de doenças cardiovasculares, enunciou Santinho Martins.

in Público

quarta-feira, novembro 10, 2004

o almoço

ontem fomos almoçar os três ao restaurante onde o meu pai vai todas as segundas. estes momentos combinam-se rapidamente com uma simples troca de emails, por isso não entendo a raridade da coisa. devíamos almoçar, pelo menos, uma vez por mês. faz-nos falta contar as histórias do dia-a-dia enquanto nos servimos de um pouco mais de arroz branco ou tiramos outra colher de caril. falamos sobre tudo e sobre nada, somos interrompidos pelos empregados do restaurante, também eles goeses, que perguntam pelo paizinho e nos desafiam a ir goa. já fui a goa duas vezes, explico-lhes: uma vez com os pais, outra vez sozinha. a conversa corre solta e, inevitavelmente, discorrem sobre as histórias do joão, do diogo, da madalena e da beatriz. creio que lhes disse que estou a pensar em engravidar para o próximo ano, depois das férias, ter um manelinho pequeno, redondo e falador. rapidamente, damos-nos conta que pedimos a mais mas o meu irmão descansa-nos. continua a comer e, enquanto come, limpa as gotas de suor que se formam pela testa, nariz, bochechas. só para nos impressionar, cobre as duas últimas garfadas de arroz e chouriço goês com um molho laranja vermelho, cheio de sementinhas, que escorre óleo, cheira bem, uma labaredazinha de fogo que torna a comida ainda mais escandalosamente picante. faz isso para nos impressionar, para nos ver a abrir a boca, para nos ouvir exclamar "ó roberto!", as mesmas expressões de há quinze anos, quando insistia em comer uma malagueta inteira. nunca percebi se ele fazia isso porque gostava mesmo ou se era apenas para nos gozar... no fim, depois de mastigar aqueles mini-pimentinhos verdes e vermelhos, olhava-nos divertido e dizia "tão bom! não queres experimentar?".

de raros que são, estes nossos almoços correm velozmente por entre o meio dia e meia e as duas horas. chegam ao fim depressa demais para meu gosto. nunca falamos sobre nós, das nossas tristezas, das nossas preocupações. não perguntamos se estamos bem ou mal, se temos algum problema, se queremos ajuda. não é preciso. sabemos tudo, ou quase tudo, uns dos outros. não é necessário perguntar ou dizer o que quer que seja porque somos irmãos, filhos do mesmo pai, criados pela mesma mãe e a mesma tia, nascidos no mesmo país, com vidas diferentes mas sempre paralelas, que se cruzam em casas, memórias e momentos.

sei, de experiência própria, que sou capaz de compreender e perdoar coisas nos meus irmãos que nunca vou conseguir entender e desculpar em quaisquer outras pessoas, por pior que isso seja. e a este sentimento irracional, incontornável, inigualável e absoluto se chama amor.

domingo, novembro 07, 2004

o pecado da gula

depois de passar um dia inteiro a comer castanhas assadas no forno (ontem), passo o dia seguinte (hoje) a agonizar entre cólicas, gases e idas repetinas à casa de banho.

(às vezes surpreendo-me com o fedor das minhas próprias bufas e, ainda mais, com os seus ruidosos efeitos sonoros. sim, cagar é humano... mas é muito pouco feminino.)

não sei como será para o próximo ano, mas uma coisa garanto: é a primeira e última vez que compro castanhas este inverno!

quinta-feira, novembro 04, 2004