a minha irmã acabou de sair de minha casa, levando uma matraquilha chorosa que queria ir ver mais "pathinhos": o passeio à quinta pedagógica, onde os patos tentavam roubar as suas bolachinhas, foi frustrado pela chuva repentina.
saiu de minha casa com a matraquilha e com uma grande mala preta, feia, de verniz, muito, muito feia (onde é que ela terá comprado aquilo?!) repleta de cd's. alguns meus, claro... fico sempre com o coração nas mãos quando lhe empresto alguma coisa: em primeiro lugar, porque sou sunica (é assim que se escreve?), e segundo, porque a mana tem o condão de partir, perder ou estragar tudo o que lhe empresto. lá foi ela com o chico césar, com os capital inicial e o zeca baleiro. também levou um sergio godinho e um tito paris, que lhe tinha surripiado há muito tempo. enquanto a via, com um ar guloso, enfiar os cds na mala feia (inimaginavelmente feia...), disse-lhe com um ar sério por fora, mas a rir-me por dentro: então os hermanos ficam?! abriu os olhos, balbuciou qualquer coisa com um ar indignado, disse eu ouço isso sempre...! não, não! não, não! se quiseres eu ofereço-te. olhei a matraquilha que se sentava nas pernas da mãe e cantava o fim das palavras de cada verso da música preferida daquele álbum...
estou lixada se não gostar dos los hermanos. a hermana vai-me perseguir a vida inteira, lançando olhares de desprezo sempre que lhe aparecer com outra voz, outro som, outro ritmo.