quando andava na universidade ouvia muito mais música do que ouço agora. descobri o sérgio godinho ao longo desses anos. era sempre uma excitação quando uma de nós, eu ou a minha irmã, comprava um álbum novo. os primeiros foram ainda em vinil, uns discos grandes, pretos, brilhantes, riscados, frágeis. às vezes comprava um single que descobria ao acaso numa discoteca e oferecia-o à minha irmã que, no fundo, foi a minha mentora nestas coisa de gostar, de amar música. não consigo decidir qual a minha música preferida do sérgio godinho. há umas que me fazem arrepiar os cabelinhos da nuca, outras deixam-me no peito uma dor indefinível, algumas fazem-me sentir que a vida é bonita e é bonita! de há um tempo para cá, uma canção em particular tem soado na minha cabeça quase todos os dias, que fala de uma rapariga que gosta de jogar matraquilhos num bairro qualquer em lisboa e que se tornou o mote, a inspiração do blog da minha irmã.
a minha irmã.
a minha irmã...
também me espanta o amor que sinto por ela. também ele é devoto. incondicional. daqueles que dói no peito de tanto pesar.