hoje vim trabalhar. despachei o que tinha a despachar antes das quatro. agora espero. espero. espero. espero pelo polvo e as suas correcções exaustivas mas pouco inteligentes. ele gosta muito de incutir o seu cunho em tudo... rica, escreve por cima, altera vírgulas, volta a corrigir, olha de longe, semicerra os olhos e ao fim de horas de espera, dá o seu trabalho por terminado.
hoje o desespero apoderou-se de nós, os juniores, como o polvo tanto gosta dizer. houve gargalhadas histéricas na cozinha, troca de emails desesperados, caretas, olhares de lado, desinteresse total. qualquer dia, qualquer dia damos os grito do ipiranga e vamos embora... todos, qual multidão revolucionária, operariado descontente e massa estudantil acéfala (tenho uma terrível inveja dos universitários por isso dá-me um especial prazer insultá-los).
é sexta-feira. é o que me vale... esta semana já não aguentava muito mais. tenho vontade de partir as fuças a alguém... estou a tornar-me uma mulher violenta... ando sempre com esgares de desprezo estampados na cara. estou farta. farta. farta. farta. farta.
sou uma chata com esta conversa de merda, não sou?