Três Adolescentes Marroquinas Acusadas de "Conspiração Contra o Rei"
Terça-feira, 30 de Setembro de 2003
O tribunal de Rabat preparava-se ontem para retomar o processo de três adolescentes marroquinas, onde se incluem duas irmãs gémeas com 14 anos, sob as quais recaem graves acusações, com destaque para a tentativa de "organização de uma conspiração contra o rei" Mohammed VI e planificação de "ataques-suicidas" contra o Parlamento.
As gémeas, que comparecem em companhia de uma terceira menor, vão ser julgadas com um grupo de 20 presumíveis integristas, com idades entre os 22 e os 32 anos, todos implicados no projecto de atentado contra um supermercado em Suissi, um bairro residencial da capital que vende bebidas alcoólicas, e ainda numa "conspiração" de contornos muito vagos "contra a pessoa do rei e a família real".
Numa confirmação sobre a especificidade deste caso, as autoridades marroquinas decidiram que as três adolescentes vão ser julgadas à margem dos restantes suspeitos, que segundo a polícia estão envolvidos na "conspiração". De acordo com a AFP, os processos vão decorrer à porta fechada.
As três raparigas foram detidas no início de Setembro, e as autoridades policiais dizem ter sido alertadas após as três raparigas solicitarem ao imã local que sancionasse as supostas acções terroristas. As três jovens terão sido detidas "apenas alguns dias antes" da concretização do suposto regicídio.
Segundo refere o correspondente da BBC em Rabat, este processo está a originar reacções contraditórias, com diversos sectores da sociedade marroquina a apontá-lo como uma confirmação da séria ameaça do islamismo radical no país. Estas prisões inserem-se numa vasta campanha contra os sectores islamistas radicais marroquinos após a aprovação de uma nova lei anti-terrorista, justificada pelos atentados de Maio passado em Casablanca que vitimaram 45 pessoas, incluindo 12 bombistas-suicidas.
No entanto, diversos sectores também questionam a capacidade de três adolescentes de origem humilde em organizar a audaciosa acção de que são acusadas. Diversos "media" têm publicado reportagens sobre a vida de Imane e Sanae al Ghariss, as duas gémeas "terroristas" que nasceram em 1989 de "pai desconhecido", foram remetidas "à mendicidade" nas ruas de Rabat e que, segundo alguns testemunhos, "ficaram fascinadas" com os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
P. C. R.
Terça-feira, 30 de Setembro de 2003
O tribunal de Rabat preparava-se ontem para retomar o processo de três adolescentes marroquinas, onde se incluem duas irmãs gémeas com 14 anos, sob as quais recaem graves acusações, com destaque para a tentativa de "organização de uma conspiração contra o rei" Mohammed VI e planificação de "ataques-suicidas" contra o Parlamento.
As gémeas, que comparecem em companhia de uma terceira menor, vão ser julgadas com um grupo de 20 presumíveis integristas, com idades entre os 22 e os 32 anos, todos implicados no projecto de atentado contra um supermercado em Suissi, um bairro residencial da capital que vende bebidas alcoólicas, e ainda numa "conspiração" de contornos muito vagos "contra a pessoa do rei e a família real".
Numa confirmação sobre a especificidade deste caso, as autoridades marroquinas decidiram que as três adolescentes vão ser julgadas à margem dos restantes suspeitos, que segundo a polícia estão envolvidos na "conspiração". De acordo com a AFP, os processos vão decorrer à porta fechada.
As três raparigas foram detidas no início de Setembro, e as autoridades policiais dizem ter sido alertadas após as três raparigas solicitarem ao imã local que sancionasse as supostas acções terroristas. As três jovens terão sido detidas "apenas alguns dias antes" da concretização do suposto regicídio.
Segundo refere o correspondente da BBC em Rabat, este processo está a originar reacções contraditórias, com diversos sectores da sociedade marroquina a apontá-lo como uma confirmação da séria ameaça do islamismo radical no país. Estas prisões inserem-se numa vasta campanha contra os sectores islamistas radicais marroquinos após a aprovação de uma nova lei anti-terrorista, justificada pelos atentados de Maio passado em Casablanca que vitimaram 45 pessoas, incluindo 12 bombistas-suicidas.
No entanto, diversos sectores também questionam a capacidade de três adolescentes de origem humilde em organizar a audaciosa acção de que são acusadas. Diversos "media" têm publicado reportagens sobre a vida de Imane e Sanae al Ghariss, as duas gémeas "terroristas" que nasceram em 1989 de "pai desconhecido", foram remetidas "à mendicidade" nas ruas de Rabat e que, segundo alguns testemunhos, "ficaram fascinadas" com os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
P. C. R.
in Público de hoje
ha! duas miúdas de 14 anos conspiraram para matar o rei de marrocos... coitadinho! à mercê das mãos sanguinárias dessas duas rapariguitas malvadas...!