A banda
Chico Buarque/1966
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
*************
espero que tenham gostado...!
quarta-feira, dezembro 24, 2003
sexta-feira, dezembro 19, 2003
when God closes a door, he always opens a window
quando era miúda vi vezes sem conta o música no coração, com a maria e o captain von trapp e os sete pequenos tenores. a dada a altura, ainda no início do filme, a madre superiora diz "when God closes a door, he always opens a window", frase que a maria repete várias vezes ao longo do filme e que acaba por ser seu final.
no início desta semana, achei que Deus (ou alguém chamado matias), me tinha aberto uma imensa e larga janela. mas este bem estar sofreu um leve revés: na semana em que comecei a trabalhar, o meu carro, parado e estacionado, foi abalrroado por um bêbado qualquer, e ficou impossibilitado de abrir a porta do lado do pendura e, ontem, foi o único violentamente assaltado na íngrime rua de s. marçal, mesmo em frente ao britânico! um agarrado partiu o vidro, antes disso forçou a porta, roubou-me o rádio (o filha da puta!!), levou-me o cd das cassia eller que a clara me tinha oferecido na noite anterior (o merdoso do filho da puta!) e o cd dos tribalistas que o manel me deu antes de irmos para férias (o caralho do merdoso do filho da puta!). ainda me revirou o carro de alto a baixo, levou-me os óculos escuros preferidos, enquanto dava duas ou três peidolas lá dentro...
a saber: às vezes, quando alguém abre uma janela, deve-se ter cuidado para não levar com a porta na cara!
no início desta semana, achei que Deus (ou alguém chamado matias), me tinha aberto uma imensa e larga janela. mas este bem estar sofreu um leve revés: na semana em que comecei a trabalhar, o meu carro, parado e estacionado, foi abalrroado por um bêbado qualquer, e ficou impossibilitado de abrir a porta do lado do pendura e, ontem, foi o único violentamente assaltado na íngrime rua de s. marçal, mesmo em frente ao britânico! um agarrado partiu o vidro, antes disso forçou a porta, roubou-me o rádio (o filha da puta!!), levou-me o cd das cassia eller que a clara me tinha oferecido na noite anterior (o merdoso do filho da puta!) e o cd dos tribalistas que o manel me deu antes de irmos para férias (o caralho do merdoso do filho da puta!). ainda me revirou o carro de alto a baixo, levou-me os óculos escuros preferidos, enquanto dava duas ou três peidolas lá dentro...
a saber: às vezes, quando alguém abre uma janela, deve-se ter cuidado para não levar com a porta na cara!
segunda-feira, dezembro 15, 2003
segredos & mentiras
no meio do meu mau feitio, da minha personalidade (alegadamente) assertiva e seca, da minha eterna recusa em me assumir como nativa de caranguejo, supostamente maternal e protectora, descubro-me muitas vezes sentimental, sensível e lamechas pensando nos filmes que me põem de bem com a vida.
este é um deles. um drama familiar numa inglaterra chuvosa, o encontro de uma mãe com uma filha, a distância entre irmãos, os ódios entre cunhadas, o silêncio de refeições partilhadas, a vergonha, a cobrança, os segredos, as mentiras. todas as famílias têm os seus segredos e as suas mentiras, o seu pequeno microcosmos de drama, comédia, alegria e tristeza. esta é a história de uma família, de muitas famílias, todas elas potenciais argumentos para belos filmes do mike leigh.
quinta-feira, dezembro 11, 2003
sarmentinho
então um dos ministros de porra nenhuma muda de visual, deixa crescer a barba e eu não sabia? será que também anda a ter aulas de dicção para aliviar os rrrrs do seu discurso?
se...
a memorável frase de mafadant (é assim que pronuncio mas não sei se é assim que se escreve) dedicada ao meu amigo sérgio, há 12 anos atrás.
mafandant - o rufia do meu bairro suburbano, que roubava os miúdos, assustava as miúdas, sempre baixo, sempre atarracado, sempre andando devagar, a gingar, sempre falando num misto de pronúncia africana, arrastada, nasalada que soava desajeitada naquela cara morena de cigano, com olhinhos pequeninos e barba rala salteada nas faces.
dando uns bafos numa ganza, semicerrando os olhos.
sérgio - na altura um miúdo de 16 anos, miópe, com uns óculos que lhe escondiam os olhos azuis, de calças de ganga de marca, que comprará durante toda a sua vida, com a camisinha aos quadradinhos e gola branca da t-shirt a espreitar, acabado de fumar os seus primeiros cigarros e já com os acentuados laivos de arrogância que assume ter.
fumando um cigarro sobranceiro.
- eh pá, se eu tivesse a tua cara de beto... fodia taaanta gaja boa!
por outras palavras: dá Deus nozes a quem não tem dentes!
mafandant - o rufia do meu bairro suburbano, que roubava os miúdos, assustava as miúdas, sempre baixo, sempre atarracado, sempre andando devagar, a gingar, sempre falando num misto de pronúncia africana, arrastada, nasalada que soava desajeitada naquela cara morena de cigano, com olhinhos pequeninos e barba rala salteada nas faces.
dando uns bafos numa ganza, semicerrando os olhos.
sérgio - na altura um miúdo de 16 anos, miópe, com uns óculos que lhe escondiam os olhos azuis, de calças de ganga de marca, que comprará durante toda a sua vida, com a camisinha aos quadradinhos e gola branca da t-shirt a espreitar, acabado de fumar os seus primeiros cigarros e já com os acentuados laivos de arrogância que assume ter.
fumando um cigarro sobranceiro.
- eh pá, se eu tivesse a tua cara de beto... fodia taaanta gaja boa!
por outras palavras: dá Deus nozes a quem não tem dentes!
segunda-feira, dezembro 01, 2003
sexta-feira, novembro 28, 2003
o primeiro dia
Acabou. Acabou-se. Expulsaram o polvo da minha vida, as suas ventosas já não me prendem a nada, deixaram-me no vazio. É estranha esta sensação de libertação. É amarga porque queria ter sido eu a expulsar o polvo da minha vida: queria desenlear-me sozinha dos seus braços compridos, que me emaranhavam numa teia de estupidez, frustração e incompetência, arrancar-me do seu novelo burocrático e patético, libertar-me dele e da sua lógica ilógica.
A frustração é-me aplacada pela sensação de alívio, de leveza das horas, agora mais soltas, agora mais minhas. Há um outro sentimento que se impõe a curto prazo, que olho de relance e a medo, um sentimento de incerteza no futuro, de vazio das horas, das tais que hoje passam a ser só minhas e de mais ninguém. Mas não desanimo, nunca desanimarei porque, a toda a hora, cantarei comigo esta canção:
A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Sérgio Godinho
Pano Cru
(1978)
A frustração é-me aplacada pela sensação de alívio, de leveza das horas, agora mais soltas, agora mais minhas. Há um outro sentimento que se impõe a curto prazo, que olho de relance e a medo, um sentimento de incerteza no futuro, de vazio das horas, das tais que hoje passam a ser só minhas e de mais ninguém. Mas não desanimo, nunca desanimarei porque, a toda a hora, cantarei comigo esta canção:
A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Sérgio Godinho
Pano Cru
(1978)
quarta-feira, novembro 26, 2003
mulheres
eu gosto do público. informa, aponta, denuncia.
numa altura em que se fala de violência doméstica, violência contra as mulheres, volto a ler este dossier e continuo a não entender estas realidades.
numa altura em que se fala de violência doméstica, violência contra as mulheres, volto a ler este dossier e continuo a não entender estas realidades.
terça-feira, novembro 25, 2003
a causa
esta gente diz que tem uma causa, uma causa que é deles, "uma causa-nossa".
que causa é essa? "(...)ser uma referência na esfera bloguística."
só um blog com a sempre-que-abro-a-boca-só-digo-disparates ana gomes, o coitadinho-de-mim-que-tenho-de-explorar-a-relação-tramada-com-o-meu-pai-para-vender-uns-livros luis osório (sobre quem tenho mais umas quantas teorias), o ex-jornalista-ex-director-de-jornal-ex-realizador-actual-deputado-socialista vicente jorge silva, o ex-companheiro-do-anterior-deputado-ex-director-de-agência-noticiosa-e-agora-quem-é-que-me-quer jorge wemans, o eu-sou-uma-sigla-com-mais-relevância-que-a-companhia-de-electricidade eduardo prado coelho, entre outros, poderia ter uma causa tão pretenciosa.
até metem pena...!
que causa é essa? "(...)ser uma referência na esfera bloguística."
só um blog com a sempre-que-abro-a-boca-só-digo-disparates ana gomes, o coitadinho-de-mim-que-tenho-de-explorar-a-relação-tramada-com-o-meu-pai-para-vender-uns-livros luis osório (sobre quem tenho mais umas quantas teorias), o ex-jornalista-ex-director-de-jornal-ex-realizador-actual-deputado-socialista vicente jorge silva, o ex-companheiro-do-anterior-deputado-ex-director-de-agência-noticiosa-e-agora-quem-é-que-me-quer jorge wemans, o eu-sou-uma-sigla-com-mais-relevância-que-a-companhia-de-electricidade eduardo prado coelho, entre outros, poderia ter uma causa tão pretenciosa.
até metem pena...!
sexta-feira, novembro 21, 2003
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Sérgio Godinho
Campolide
(1979)
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
é o que preciso a partir do dia de hoje.
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Sérgio Godinho
Campolide
(1979)
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é o que preciso a partir do dia de hoje.
quinta-feira, novembro 20, 2003
Etelvina I
Etelvina já cansada de viver sem ninguém
a não ser de vez em quando amores de vai e vem
pôs um anúncio no jornal que dizia assim
mulher desembaraçada
quer viver com alma irmã
de quem não seja criada
de quem não seja mamã
Sérgio Godinho
À Queima Roupa
(1974)
a não ser de vez em quando amores de vai e vem
pôs um anúncio no jornal que dizia assim
mulher desembaraçada
quer viver com alma irmã
de quem não seja criada
de quem não seja mamã
Sérgio Godinho
À Queima Roupa
(1974)
respeitem os seus cabelos brancos
mulher eu sei
eu sei como pisar
no coração de uma mulher
já fui mulher eu sei
para pisar no coração de uma mulher
basta calçar um coturno
com os pés de anjo noturno
para pisar no coração de uma mulher
sapatilhas de arame
o balé belo infame
para pisar no coração de uma mulher
pés descalços sem pele
um passo que a revele
Chico César
Aos Vivos (1994)
eu sei como pisar
no coração de uma mulher
já fui mulher eu sei
para pisar no coração de uma mulher
basta calçar um coturno
com os pés de anjo noturno
para pisar no coração de uma mulher
sapatilhas de arame
o balé belo infame
para pisar no coração de uma mulher
pés descalços sem pele
um passo que a revele
Chico César
Aos Vivos (1994)
uma cena de fadas
todas as manhãs levanto-me, tomo banho, visto-me, lavo os dentes, arranjo a mala, envio um sms à raquel a dizer que estou a sair de casa, escolho o anel, escolho os brincos e olho o meu belo adormecido adormecido na cama. todas as manhãs olho-o e pergunto-me "como é que eu posso deixar este belo adormecido sozinho nesta cama?". todas as manhãs faço-lhe uma festinha na cara e beijo-o, ora num longo, ora num instantâneo beijo de acordar, de bom dia, de já é hora, já passam das nove... todas as manhãs ele abre os olhos, olha-me, boceja e espreguiça-se enchendo a cama de braços esticados.
todas as manhãs vivo um conto de fadas, beijando e despertando o meu amor belo e adormecido.
todas as manhãs vivo um conto de fadas, beijando e despertando o meu amor belo e adormecido.
quarta-feira, novembro 19, 2003
fausto
o fausto tem um cd novo! o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!o fausto tem um cd novo!
ena! ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!
que excitação...!
ena! ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!ena!
que excitação...!
salamaleques arabescos
não gosto das pessoas que se escondem atrás das palavras, que sarapintam os sentimentos de acessórios rococós que encandeiam o mais atento leitor. não quer isto dizer que não gosto de poesia. leio-a através das músicas e canto-a com sons, fonemas e interjeições. mas notem: o vinicius de morais não se entrega ao salamaleques arabescos para escrever sobre o amor, nem o fausto, nem o tom jobim, nem o camões, nem o fernando pessoa, nem o chico buarque, nem o jacques brel. qualquer pessoa os lê e os compreende...
terça-feira, novembro 18, 2003
segunda-feira, novembro 17, 2003
tom
Só tinha de ser com você
É, só eu sei
Quanto amor eu guardei
Sem saber que era só prá você
É, só tinha de ser com você
Havia de ser prá você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
É, você que é feita de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonita demais
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
António Carlos Jobim
Aloysio de Oliveira
(1964)
É, só eu sei
Quanto amor eu guardei
Sem saber que era só prá você
É, só tinha de ser com você
Havia de ser prá você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
É, você que é feita de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonita demais
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
António Carlos Jobim
Aloysio de Oliveira
(1964)
à ana
tremo. mas não frio, aqui nesta sala aquecida. tremo. não consigo controlar o meu corpo, parece que me descarregam choques eléctricos nas costas, os meus dedos não acertam nestas teclas demasiado juntas. tremo de frio, afinal... de um gelo que me assaltou ainda há pouco. as minhas pernas estremecem e os meus cotovelos não se conseguem apoiar nesta mesa. vejo o cigarro que fumo em equilíbrio perquilitante à minha frente, na curta viagem entre o cinzeiro e a boca. tremo de frio, de medo, de medo, de medo.
já viste? sou a única pessoa que te chama de mana. nem o joão, nem a dadá, nem o reinaldo, nunca nenhum deles poderá ouvir-se a dizer mana. falar mana. sorrir mana. gritar mana. chorar mana. este é o meu único exclusivo em relação a ti. e como lhe tenho apreço! o prazer que me dá soletrar mana quando estou contigo... é esse o teu nome para mim. sabes que quando era miúda, e não tinha nada que fazer nas aulas, escrevinhava o teu nome nas folhas do caderno? que quando comprava uma caneta nova era o teu nome que a minha mão desenhava no papel? estreavas-as sempre com o teu nome, não com o meu. o teu nome bonito, claro, radioso, que me fazia inveja por soar tão bem, por ser curto e ritmado, por ter um ar doce, de menina. todas as músicas eram com o teu nome, ao contrário do meu, que embora também englobe o teu, se perde e se enfada na antecipação das letras. lembraste?
sabes que não imagino a minha vida sem ti? tal e qual o joão ou a dadá. és a minha pequena mãe. a minha irmã mais velha. o meu porto seguro. alimentas-me os dias. nunca reparaste como digo mana com um orgulho que me enche o peito, com um amor que que me extravaza?
queria morrer antes de ti... para nunca sentir a tua falta.
já viste? sou a única pessoa que te chama de mana. nem o joão, nem a dadá, nem o reinaldo, nunca nenhum deles poderá ouvir-se a dizer mana. falar mana. sorrir mana. gritar mana. chorar mana. este é o meu único exclusivo em relação a ti. e como lhe tenho apreço! o prazer que me dá soletrar mana quando estou contigo... é esse o teu nome para mim. sabes que quando era miúda, e não tinha nada que fazer nas aulas, escrevinhava o teu nome nas folhas do caderno? que quando comprava uma caneta nova era o teu nome que a minha mão desenhava no papel? estreavas-as sempre com o teu nome, não com o meu. o teu nome bonito, claro, radioso, que me fazia inveja por soar tão bem, por ser curto e ritmado, por ter um ar doce, de menina. todas as músicas eram com o teu nome, ao contrário do meu, que embora também englobe o teu, se perde e se enfada na antecipação das letras. lembraste?
sabes que não imagino a minha vida sem ti? tal e qual o joão ou a dadá. és a minha pequena mãe. a minha irmã mais velha. o meu porto seguro. alimentas-me os dias. nunca reparaste como digo mana com um orgulho que me enche o peito, com um amor que que me extravaza?
queria morrer antes de ti... para nunca sentir a tua falta.
para a mana
Eu contigo
Eu, contigo
eu consigo
fazer o que digo
Eu, contigo
eu não cobro
eu não pago
e eu não devo
Devo dizer-te ao ouvido
eu sem ti
não tem sentido
tem sido
(devo dizer-te ao ouvido)
bem bom
bem bom bem bom
bem mais
do que o que é bom
bem bom bem bom
Sérgio Godinho
Canto da Boca (1981)
Eu, contigo
eu consigo
fazer o que digo
Eu, contigo
eu não cobro
eu não pago
e eu não devo
Devo dizer-te ao ouvido
eu sem ti
não tem sentido
tem sido
(devo dizer-te ao ouvido)
bem bom
bem bom bem bom
bem mais
do que o que é bom
bem bom bem bom
Sérgio Godinho
Canto da Boca (1981)
quinta-feira, novembro 13, 2003
quarta-feira, novembro 12, 2003
velocidade
tento perceber como funcionam estes acessos rápidos do clix e da iol mas a lentidão é tanta que só me apetece fechar o computador e esquecer isto tudo. o próprio computador é muito, muito lento... estou mesmo mal habituada!
que porcaria
como desde 1 de novembro não há limpeza aqui neste buraco, começamos a ser "zumbidamente" atacados por moscas.
estou a chegar ao meu limite!
estou a chegar ao meu limite!
terça-feira, novembro 11, 2003
ainda não...
...tenho telefone.
ao que parece a linha só começa a funcionar 48 horas úteis depois de ser instalada. ou seja, a esta altura tem mais do que obrigação de funcionar quando chegar a casa. se não estiver... lá se vai por água abaixo a recém-adquirida confiança nos monopólios!
ao que parece a linha só começa a funcionar 48 horas úteis depois de ser instalada. ou seja, a esta altura tem mais do que obrigação de funcionar quando chegar a casa. se não estiver... lá se vai por água abaixo a recém-adquirida confiança nos monopólios!
segunda-feira, novembro 10, 2003
como previa
o paulo pedroso aparece esta semana na capa da flash, a mais recente revista cor-de-rosa, abraçado à sua namorada, que além de ter voz de homem também tem cara de homem... fiquei aterrada: em pleno domingo à tarde, no meio do pingo doce, com uma embalagem de detergente para a loiça numa mão e uma lata de graxa, quatro sabonetes e uma escova para calçado noutra, a olhar para aqueles olhos mípoes de carneiro mal morto, a espetar a cabeça por detrás da namorada, a quem abraçava. ouvia-me a dizer "haaaaaaaaa...!". ela, de sobrancelha escura e grossa (devia ir tratar disso... as minhas também são fartas e escuras mas até que me ficam bem... ela não: parece um verdadeiro bresnev versão feminino. no que toca às sobrancelhas, claro!), de sorriso estampado, espantado a olhar de frente para mim enquanto ele, de camisa por cima de t'shirt branca, mirava-me com um ar meio terno-sedutor-coitadinho que não consigo nomear.
fiquei chocada e tive uma revelação: percebi que quando for para o desemprego, posso-me tornar "futuróloga" ou outra coisa qualquer acabada em óloga porque, não sabendo, acertei na muche há uns dias atrás...!
já me estou a ver:
madame susa, especialista em futurologia através de entrevistas dadas à comunicação social! descontos amigos a antigos ministros de esquerda, velhos diplomatas e actuais deputados! previsões fantásticas e certeiras!
isto tudo num cartaz com muito pirlimpim-pim e uma fotografia minha com um ar sério, de mulher entendida com as coisas do além, de turbante vermelhasco na cabeça!
fiquei chocada e tive uma revelação: percebi que quando for para o desemprego, posso-me tornar "futuróloga" ou outra coisa qualquer acabada em óloga porque, não sabendo, acertei na muche há uns dias atrás...!
já me estou a ver:
madame susa, especialista em futurologia através de entrevistas dadas à comunicação social! descontos amigos a antigos ministros de esquerda, velhos diplomatas e actuais deputados! previsões fantásticas e certeiras!
isto tudo num cartaz com muito pirlimpim-pim e uma fotografia minha com um ar sério, de mulher entendida com as coisas do além, de turbante vermelhasco na cabeça!
pois...
...a linha ainda não funciona.
ao que parece demora 48 horas úteis até começar a funcionar.
no meio disto tudo, a minha vizinha do lado ficou sem telefone.
nunca lhe tinha acontecido!
ao que parece demora 48 horas úteis até começar a funcionar.
no meio disto tudo, a minha vizinha do lado ficou sem telefone.
nunca lhe tinha acontecido!
sexta-feira, novembro 07, 2003
pronto!
já tenho telefone em casa! já sou uma navegadora internaútica aqui (neste pântano) e em minha casa (uma linda seara de trigo!).
quinta-feira, novembro 06, 2003
sim!!!
é amanhã! caramba, que surpresa...! retiro tudo de mal que disse sobre a pt neste blog... e na vida inteira...
long live os monopólios!
long live os monopólios!
quarta-feira, novembro 05, 2003
cantada por maria rita...
A festa
(Milton Nascimento)
Já falei tantas vezes
Do verde nos teus olhos
Todos os sentimentos me tocam a alma
Alegria ou tristeza
Espalhando no campo, no canto, no gesto
No sonho, na vida
Mas agora é o balanço
Essa dança nos toma
Esse som nos abraça, meu amor (você tem a mim)
O teu corpo moreno
Vai abrindo caminhos
Acelera meu peito,
Nem acredito no sonho que vejo
E seguimos dançando
Um balanço malandro
E tudo rodando
Parece que o mundo foi feito prá nós
Nesse som que nos toca
Me abraça, me aperta
Me prende em tuas pernas
Me prende, me força, me roda, me encanta
Me enfeita num beijo
Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
Lua, nuvens, estrelas
A banda toca
Parece magia
E é pura beleza
E essa música sente
E parece que a gente
Se enrola, corrente
E tão de repente você tem a mim
... a filha mais nova da elis regina. não consigo deixar de ouvir o álbum. é viciante. parece que ouço a mãe mas descubro-lhe sempre um novo timbre. é maria rita mariano, a filha!
(Milton Nascimento)
Já falei tantas vezes
Do verde nos teus olhos
Todos os sentimentos me tocam a alma
Alegria ou tristeza
Espalhando no campo, no canto, no gesto
No sonho, na vida
Mas agora é o balanço
Essa dança nos toma
Esse som nos abraça, meu amor (você tem a mim)
O teu corpo moreno
Vai abrindo caminhos
Acelera meu peito,
Nem acredito no sonho que vejo
E seguimos dançando
Um balanço malandro
E tudo rodando
Parece que o mundo foi feito prá nós
Nesse som que nos toca
Me abraça, me aperta
Me prende em tuas pernas
Me prende, me força, me roda, me encanta
Me enfeita num beijo
Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
Lua, nuvens, estrelas
A banda toca
Parece magia
E é pura beleza
E essa música sente
E parece que a gente
Se enrola, corrente
E tão de repente você tem a mim
... a filha mais nova da elis regina. não consigo deixar de ouvir o álbum. é viciante. parece que ouço a mãe mas descubro-lhe sempre um novo timbre. é maria rita mariano, a filha!
terça-feira, novembro 04, 2003
precipitada
como sempre, depois de insultar o monopólio da PT e de os apelidar de cães, lá me submeti à informação telefónica para tentar saber se o tal pacote pt primeira vez tinha acabado ou não. não sendo ainda cliente deste monopólio, mesmo assim fui obrigada a dar o número do meu bi no primeiro contacto telefónico. se não o fizesse, juntamente com a minha morada e o meu nome completo, não me passavam ao colega que me iria dar a informação que necessitava. fui passada à colega, a quem pedi informações sobre o tal pacote: o pacote pt primeira vez.
eu pergunto: boa tarde, queria saber mais informações sobre o pacote pt primeira vez.
a operadora: deseja então o pacote primeira vez adsl?
eu respondo: não! eu disse que queria o pacote pt primeira vez, não disse adsl!
ela pergunta: quer dizer que quer o pacote pt primeira vez simples?
eu respondo secamente: sim!!
a esta altura do campeonato já começava a sentir arrepios...!
seguimos para bingo e ela questiona-me:
ela - qual o seu número de cliente?
eu - eu não sou cliente da pt... por alguma razão é que estou a pedir o pacote pt primeira vez, não acha?!!
aqui a conversa começou a ficar tensa... lá me deu as informações que pretendia e depois surpreendeu-me
a operadora - mas se vai instalar uma linha, porque não se informa sobre outros pacotes? talvez sejam mais interessantes...
a potencial cliente surpresa e titubiante - como? mas quais? como? mas há outros? não os vejo aqui na vossa página!
a operadora - eu também já procurei na página mas não os encontrei...! vou-lhe dar então a informação sobre os restantes pacotes!
a potencial cliente pasma a pensar "porque raio têm estes tipos uma página na internet?" - então diga lá...
conclusão: fui apanhada por mais um monopólio, o pacote pt primeira vez foi preterido pelo pacote "por 69€ tenha a instalação gratuita e um telefone sem fios!", a página de internet da pt não tem muito valor promocional e vou ter internet lá em casa dentro de 5 a 15 dias úteis.
dúvida: afinal, qual é a vantagem do pacote pt primeira vez? deixei-o cair ao fim de 30 segundos...
eu pergunto: boa tarde, queria saber mais informações sobre o pacote pt primeira vez.
a operadora: deseja então o pacote primeira vez adsl?
eu respondo: não! eu disse que queria o pacote pt primeira vez, não disse adsl!
ela pergunta: quer dizer que quer o pacote pt primeira vez simples?
eu respondo secamente: sim!!
a esta altura do campeonato já começava a sentir arrepios...!
seguimos para bingo e ela questiona-me:
ela - qual o seu número de cliente?
eu - eu não sou cliente da pt... por alguma razão é que estou a pedir o pacote pt primeira vez, não acha?!!
aqui a conversa começou a ficar tensa... lá me deu as informações que pretendia e depois surpreendeu-me
a operadora - mas se vai instalar uma linha, porque não se informa sobre outros pacotes? talvez sejam mais interessantes...
a potencial cliente surpresa e titubiante - como? mas quais? como? mas há outros? não os vejo aqui na vossa página!
a operadora - eu também já procurei na página mas não os encontrei...! vou-lhe dar então a informação sobre os restantes pacotes!
a potencial cliente pasma a pensar "porque raio têm estes tipos uma página na internet?" - então diga lá...
conclusão: fui apanhada por mais um monopólio, o pacote pt primeira vez foi preterido pelo pacote "por 69€ tenha a instalação gratuita e um telefone sem fios!", a página de internet da pt não tem muito valor promocional e vou ter internet lá em casa dentro de 5 a 15 dias úteis.
dúvida: afinal, qual é a vantagem do pacote pt primeira vez? deixei-o cair ao fim de 30 segundos...
internet
pois, não tenho telefone nem internet em casa. também não tenho dinheiro. muito dinheiro, pelo menos... é o que dá ser explorada por um polvo há três anos. aumentou-me apenas uma vez, passados seis meses... devia estar num dia mais bem disposto, pois o homem irradiava caridade. coitado, sempre que me lembro dele, com aquela sua atitude de chefia mal vestida, com um ar magnânime, a mandar-nos entrar, uma por uma, e a distribuir fracos aumentos, a iludir-se a si próprio para poder sentir-se melhor com a sua pequenez. há momentos em que tenho pena deste polvo, preso em si próprio, nas suas contradições, na sua tinta escura, na sua cara-máscara, escondido por detrás de um riso forçado, sem ritmo, num HA-HA-HA teatral, mas de teatro amador muito deficiente... é um pobre polvo, desinteressante. não há quem o queira pescar...!
mas voltando à internet. concluo que por mais que existam as onis, as novis, as jazzteis, as vodafones e similares, que terei sempre de comprar o produto PT. a minha casa desprovida dos meandros das telecomunicações terá sempre de se submeter ao monopólio e implorar à PT que venha instalar uma das suas linhas... merda! merda! merda! detesto relacionar-me com monopólios! as edp's e as epais provocam-me arrepios! brrrrrr...
e merda outra vez!!! que os cães da pt já acabaram com a única promoção que me interessava, a pt primeira vez! estou lixada! mas eles não podiam estender a promoção até ao final deste ano para eu poder usufruir dela???
mas voltando à internet. concluo que por mais que existam as onis, as novis, as jazzteis, as vodafones e similares, que terei sempre de comprar o produto PT. a minha casa desprovida dos meandros das telecomunicações terá sempre de se submeter ao monopólio e implorar à PT que venha instalar uma das suas linhas... merda! merda! merda! detesto relacionar-me com monopólios! as edp's e as epais provocam-me arrepios! brrrrrr...
e merda outra vez!!! que os cães da pt já acabaram com a única promoção que me interessava, a pt primeira vez! estou lixada! mas eles não podiam estender a promoção até ao final deste ano para eu poder usufruir dela???
segunda-feira, novembro 03, 2003
descoberta!
...por um pardalito. não sei bem como reagir. é que o pardalito em questão é amigo do polvo... ou diz-se amigo do polvo. nunca percebi.
eu gosto do pardalito. trabalhei com ele durante 2 anos e sempre lhe reconheci mérito, competência e responsabilidade. às vezes tínhamos os nossos arrufos, mas ainda sorrio quando leio a sua dedicatória de parabéns num cartão em 2001 "Susaninha, adoro-te!!!". eu também gostava bastante dele na altura. hoje ainda gosto dele e tenho muita pena que este pardalito tenha voado para o hemisfério sul, para o outro lado o oceano. por outro lado, fico contente por ele. é um pardalito espertalhão, este...!
sempre fiquei espantada a olhar para as mãos do pardalito. durante todo o ano eram rosadas, tinham um ar queimado e sempre as achei um pouco gordas, em comparação com o resto do corpo. gordas talvez não... inchadas. eram umas mãos queimadas, vermelhuscas e inchadas. para além da cara e do riso, vou-me lembrar destas mãos e relacioná-las sempre com o pardalito!
eu gosto do pardalito. trabalhei com ele durante 2 anos e sempre lhe reconheci mérito, competência e responsabilidade. às vezes tínhamos os nossos arrufos, mas ainda sorrio quando leio a sua dedicatória de parabéns num cartão em 2001 "Susaninha, adoro-te!!!". eu também gostava bastante dele na altura. hoje ainda gosto dele e tenho muita pena que este pardalito tenha voado para o hemisfério sul, para o outro lado o oceano. por outro lado, fico contente por ele. é um pardalito espertalhão, este...!
sempre fiquei espantada a olhar para as mãos do pardalito. durante todo o ano eram rosadas, tinham um ar queimado e sempre as achei um pouco gordas, em comparação com o resto do corpo. gordas talvez não... inchadas. eram umas mãos queimadas, vermelhuscas e inchadas. para além da cara e do riso, vou-me lembrar destas mãos e relacioná-las sempre com o pardalito!
quinta-feira, outubro 30, 2003
quarta-feira, outubro 29, 2003
há três anos atrás morria a minha avó felicidade, numa cama de hospital, num pavilhão alto e frio. morria sem noção, morria sem vida. definhava.
tenho o nome da minha avó no meu nome. faz parte de mim, da minha identidade para mim e para os outros. descobri, depois da morte dela, que a sua avó por parte da mãe também era felicidade. foi uma surpresa bonita, sonhei logo em ter uma neta também chamada felicidade.
chamava-se felicidade mas não foi muito feliz. só em criança, no monte, no alentejo caiado e quente, com os seus pais e os seus sete irmãos, todos rapazes. não foi feliz com o meu avô, o josé. foi uma mãe dura mas permitiu à minha mãe e à minha tia serem quem são, e como são maravilhosas! foi uma avó terna e distante enquanto o meu avô viveu. depois tornou-se opressora e impositiva quando passou a viver connosco.
só descobri o quanto gostava dela muito tempo depois de ela morrer. repeti a mesma frase que a ouvi dizer na sua cama asséptica de hospital, no dia antes de morrer. tenho fome. disse-a em voz alta, nua ao lado do manel, depois de fazer amor. disse-a e imediatamente desatei a chorar. e nesse momento senti a sua perda, percebi a sua ausência. não digo mais esta frase. não gosto de a ouvir ressoar dentro da minha cabeça. faz-me chorar. como uma frase tão simples pode ser tão esmagadora...?
avó, tenho os teus lenços no fundo da minha gaveta. são das coisas mais preciosas que tenho em casa.
felicidade. tenho-te no meu nome por isso nunca te vou perder.
tenho o nome da minha avó no meu nome. faz parte de mim, da minha identidade para mim e para os outros. descobri, depois da morte dela, que a sua avó por parte da mãe também era felicidade. foi uma surpresa bonita, sonhei logo em ter uma neta também chamada felicidade.
chamava-se felicidade mas não foi muito feliz. só em criança, no monte, no alentejo caiado e quente, com os seus pais e os seus sete irmãos, todos rapazes. não foi feliz com o meu avô, o josé. foi uma mãe dura mas permitiu à minha mãe e à minha tia serem quem são, e como são maravilhosas! foi uma avó terna e distante enquanto o meu avô viveu. depois tornou-se opressora e impositiva quando passou a viver connosco.
só descobri o quanto gostava dela muito tempo depois de ela morrer. repeti a mesma frase que a ouvi dizer na sua cama asséptica de hospital, no dia antes de morrer. tenho fome. disse-a em voz alta, nua ao lado do manel, depois de fazer amor. disse-a e imediatamente desatei a chorar. e nesse momento senti a sua perda, percebi a sua ausência. não digo mais esta frase. não gosto de a ouvir ressoar dentro da minha cabeça. faz-me chorar. como uma frase tão simples pode ser tão esmagadora...?
avó, tenho os teus lenços no fundo da minha gaveta. são das coisas mais preciosas que tenho em casa.
felicidade. tenho-te no meu nome por isso nunca te vou perder.
Alega psiquiatra escolhido pela defesa para acompanhar arguido no julgamento
Carlos Silvino está com "amnésia" e "sem condições para ser julgado"
como??!
Carlos Silvino está com "amnésia" e "sem condições para ser julgado"
como??!
terça-feira, outubro 28, 2003
primeiro entrei no atipico, depois saltei para a aldeia do amor e aqui deparei-me com isto.
estou com vontade de vomitar.
e não consigo perceber se é a gozar ou se estes fulanos estão a falar a sério...
estou com vontade de vomitar.
e não consigo perceber se é a gozar ou se estes fulanos estão a falar a sério...
Samba do grande amor
Chico Buarque/1983
Para o filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Jr.
Tinha cá pra mim
Que agora sim
Eu vivia enfim o grande amor
Mentira
Me atirei assim
De trampolim
Fui até o fim um amador
Passava um verão
A água e pão
Dava o meu quinhão pro grande amor
Mentira
Eu botava a mão
No fogo então
Com meu coração de fiador
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
Fui muito fiel
Comprei anel
Botei no papel o grande amor
Mentira
Reservei hotel
Sarapatel
E lua-de-mel em Salvador
Fui rezar na Sé
Pra São José
Que eu levava fé no grande amor
Mentira
Fiz promessa até
Pra Oxumaré
De subir a pé o Redentor
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
* * * * * * * *
não tens (nunca terás) uma pedra no peito nem o teu amor foi (não é) mentira. serás sempre uma sonhadora e vais sempre sorrir para o amor, isso eu sei.
mas o chico sabe mesmo sambar com o grande amor...
Chico Buarque/1983
Para o filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Jr.
Tinha cá pra mim
Que agora sim
Eu vivia enfim o grande amor
Mentira
Me atirei assim
De trampolim
Fui até o fim um amador
Passava um verão
A água e pão
Dava o meu quinhão pro grande amor
Mentira
Eu botava a mão
No fogo então
Com meu coração de fiador
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
Fui muito fiel
Comprei anel
Botei no papel o grande amor
Mentira
Reservei hotel
Sarapatel
E lua-de-mel em Salvador
Fui rezar na Sé
Pra São José
Que eu levava fé no grande amor
Mentira
Fiz promessa até
Pra Oxumaré
De subir a pé o Redentor
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
* * * * * * * *
não tens (nunca terás) uma pedra no peito nem o teu amor foi (não é) mentira. serás sempre uma sonhadora e vais sempre sorrir para o amor, isso eu sei.
mas o chico sabe mesmo sambar com o grande amor...
segunda-feira, outubro 27, 2003
passei o fim de semana inteiro a falar pelo nariz, afungar, a lacrimejar e a sentir uma picada idiota nos olhos. assoei-me tantas vezes que a pele das minhas narinas está seca e ameaça cair em leves camadas. continuo a sentir ranho nariz acima e nariz abaixo. a garganta está seca, a boca parece pastosa, não tenho quase nenhum palador e o apetite desapareceu. apetece-me ser homem, puxar do escarro e cuspir em direcção a uma coisa qualquer. em suma, estou constipada.
ando com os ilvicos para trás e para a frente, deito-me ao sabor de uma chávena de chá com mel e gemo, num quase ganir, porque sou hiponcondríaca e porque às vezes, muito de vez em quando, lá me vem a imagem da pneumonia atípica à cabeça, e os orientais a entrar no metro com as máscaras na cara.
ai... ai... ai...
ando com os ilvicos para trás e para a frente, deito-me ao sabor de uma chávena de chá com mel e gemo, num quase ganir, porque sou hiponcondríaca e porque às vezes, muito de vez em quando, lá me vem a imagem da pneumonia atípica à cabeça, e os orientais a entrar no metro com as máscaras na cara.
ai... ai... ai...
terça-feira, outubro 21, 2003
já não suporto ver a cara do paulo pedroso em tudo quanto é jornal. passei o fim de semana enjoada com a visão da sua cara bolachuda e amarelenta na capa dos jornais e das revistas. aqueles olhos pequeninos e tristonhos, meios míopes já não me causam compaixão alguma... o auge foi espreitar o correio da manhã e vê-lo lá, sentado no seu sofá, na sua casa em s. bento, com um ar compenetrado a fingir que lia o correio da manhã, aberto de par em par, por cima das pernas cruzadas. alguém acredita que o paulo pedroso é um assíduo leitor do correio da manhã??
ou seja, na sua ânsia de se explicar à opinião pública, e esclarecer que nunca abusou sexualmente de meninos da casa pia e que foi preso injustamente, qualquer dia habilitamo-nos a ver o nosso paulo pedroso de t'shirt da nova gente, com um ar lânguido e sedutor, à beira de uma piscina e a beber um coquetail colorido numa mão, enquanto que com outra folheia, com um ar entusiasmado e afável a última edição da dita revista. após o exclusivo da nova gente, seguir-se-á o depoimento emocionado à caras e ainda a a descrição compungente, na primeira pessoa, à lux.
alguém lhe pode dar um calduço naquela nuca e dizer para ir para casa e não fazer mais figura de asno por esses órgãos de comunicação afora? já ninguém o suporta!
estou ansiosa pela próxima sondagem só para ver o estado deste partido socialista (sim, porque em tempo idos houve um outro... melhorzito)! lá virão o ferro, o costa, o alegre e o martins a apelar à tese da cabala, enquanto o soares, o sampaio, o constâncio, o vitorino abanam a cabeça, com um olhar incrédulo e ar derrotista. o guterres não deve saber como posicionar-se: nunca soube...!
ou seja, na sua ânsia de se explicar à opinião pública, e esclarecer que nunca abusou sexualmente de meninos da casa pia e que foi preso injustamente, qualquer dia habilitamo-nos a ver o nosso paulo pedroso de t'shirt da nova gente, com um ar lânguido e sedutor, à beira de uma piscina e a beber um coquetail colorido numa mão, enquanto que com outra folheia, com um ar entusiasmado e afável a última edição da dita revista. após o exclusivo da nova gente, seguir-se-á o depoimento emocionado à caras e ainda a a descrição compungente, na primeira pessoa, à lux.
alguém lhe pode dar um calduço naquela nuca e dizer para ir para casa e não fazer mais figura de asno por esses órgãos de comunicação afora? já ninguém o suporta!
estou ansiosa pela próxima sondagem só para ver o estado deste partido socialista (sim, porque em tempo idos houve um outro... melhorzito)! lá virão o ferro, o costa, o alegre e o martins a apelar à tese da cabala, enquanto o soares, o sampaio, o constâncio, o vitorino abanam a cabeça, com um olhar incrédulo e ar derrotista. o guterres não deve saber como posicionar-se: nunca soube...!
em início de mestrado de relações interculturais (fui ontem à primeira aula), fui ver um filme que gostei muito: estranhos de passagem, do stephen frears. este é um filme passado em londres, mas não se vê um britânico, nem se ouve um inglês padronizado. todos os intrevenientes são imigrantes: africanos, indianos, turcos, russos, chineses, legais, ilegais, refugiados, asilados, bons, maus, mortos, vivos, esfacelados, abusados, explorados, ameçados, desesperados, infelizes.
gostei. gostei da história, da justiça salomónica (como diz o manel) do final, da história de amor pouco explicada. gostei.
gostei. gostei da história, da justiça salomónica (como diz o manel) do final, da história de amor pouco explicada. gostei.
segunda-feira, outubro 20, 2003
aqui está frio. o polvo insiste em manter o termostato na bolinha vermelha...
o polvo escreveu o seguinte:
"Olá,
Para evitar fazer chamadas num telefone ainda declarado na ADI,
coloquei a linha anteriormente usada pelo Zé Vítor no fax. Já
podemos, por isso voltar a mandar fax. Se alguém ouvir o telefone em
cima da mesa do Zé Vítor tocar, levantem e digam que o número mudou e
que devem usar o xxxxxxxx.
Embora este momento seja difícil para todos, e para evitar mais
aborrecimentos, agradecia que fossem contidos nos telefonemas que
fazem. Ou seja, telefonemas necessários tudo bem. Que possam ser
evitados, não, por favor."
imaginem-nos a levantar o auscultador do telefone, onde antigamente se recebia faxes e informar a máquina (que do outro lado faz piiiiiiii, piiiiiiiiiiiii, piiiiiiiii) "por favor, queira ligar para outro número de telefone porque este foi alterado!". em linguagem fax seria piiiiiiiii, pi, piiiii, rtrprimmmmmm, tim, piiiiiiiiiiiiii. estou ansiosa por aprender esta nova linguagem, a linguagem_piiiii_fax, e poder comunicar com todos os faxes do mundo!
e, se por um lado, aprendemos todos a linguagem_piiiii_fax, por outro deixamos de poder telefonar. que entenderá ele por telefonemas necessários? para pais e irmãos? maridos e esposas? será que o meu namorado conta? os meus amigos?? creio que não... para meu grande desgosto. fico reduzida ao telemóvel, eu, uma pobre funcionária na eminência de ser despedida...
este homem, este polvo, este boi (outra simpática alcunha que lhe pusemos porque ele tem mesmo um ar de boi marrão). pelo menos, ultimamente, não tem cheirado a patcholi!
o polvo escreveu o seguinte:
"Olá,
Para evitar fazer chamadas num telefone ainda declarado na ADI,
coloquei a linha anteriormente usada pelo Zé Vítor no fax. Já
podemos, por isso voltar a mandar fax. Se alguém ouvir o telefone em
cima da mesa do Zé Vítor tocar, levantem e digam que o número mudou e
que devem usar o xxxxxxxx.
Embora este momento seja difícil para todos, e para evitar mais
aborrecimentos, agradecia que fossem contidos nos telefonemas que
fazem. Ou seja, telefonemas necessários tudo bem. Que possam ser
evitados, não, por favor."
imaginem-nos a levantar o auscultador do telefone, onde antigamente se recebia faxes e informar a máquina (que do outro lado faz piiiiiiii, piiiiiiiiiiiii, piiiiiiiii) "por favor, queira ligar para outro número de telefone porque este foi alterado!". em linguagem fax seria piiiiiiiii, pi, piiiii, rtrprimmmmmm, tim, piiiiiiiiiiiiii. estou ansiosa por aprender esta nova linguagem, a linguagem_piiiii_fax, e poder comunicar com todos os faxes do mundo!
e, se por um lado, aprendemos todos a linguagem_piiiii_fax, por outro deixamos de poder telefonar. que entenderá ele por telefonemas necessários? para pais e irmãos? maridos e esposas? será que o meu namorado conta? os meus amigos?? creio que não... para meu grande desgosto. fico reduzida ao telemóvel, eu, uma pobre funcionária na eminência de ser despedida...
este homem, este polvo, este boi (outra simpática alcunha que lhe pusemos porque ele tem mesmo um ar de boi marrão). pelo menos, ultimamente, não tem cheirado a patcholi!
sexta-feira, outubro 17, 2003
Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
Por POR CATARINA GOMES
Sexta-feira, 17 de Outubro de 2003
in Público
Por POR CATARINA GOMES
Sexta-feira, 17 de Outubro de 2003
A pobreza em Portugal estacionou. Embora os bairros de barracas tendam a desaparecer da paisagem nacional, poucas alterações houve no perfil da pobreza e o fenómeno está longe de ser erradicado: um em cada cinco portugueses (cerca de 21 por cento da população) é pobre e os idosos pensionistas continuam a ser o grosso do problema. Os imigrantes e as minorias étnicas são novas categorias de pobres em forte expansão - o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, uma iniciativa das Nações Unidas, é assinalado hoje.
"Se há matéria na qual Portugal apresenta um bloqueio importante em relação aos seus parceiros europeus, é precisamente o da pobreza", defende Luís Capucha, sociólogo do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), especialista na área da pobreza e exclusão social.
Com políticas como o Rendimento Mínimo Garantido, o crescimento do salário mínimo acima dos níveis de inflação, o aumento das pensões mais baixas e o Programa Nacional de Luta Contra a Pobreza, Portugal conheceu uma diminuição da taxa de pobreza na segunda metade da década de 90: em 1995, 23 por cento de portugueses tinham um rendimento inferior ao limiar de pobreza (cerca de 350 euros); desde 1998 até 2000 (o dado mais recente) estacionou nos 21 por cento. Ainda assim, seis pontos acima da média europeia, indicam os dados do Eurostat publicados este ano.
Mas o que se esconde detrás dos números? A visibilidade dos novos pobres aumentou - com o grupo dos imigrantes e minorias étnicas -, mas é a pobreza tradicional que continua a marcar a sociedade portuguesa. Cerca de 30 por cento dos pobres portugueses são idosos pensionistas, cerca de sete por cento são empregados de baixo rendimento, duas categorias de pessoas que passam dificuldades pelo atraso estrutural que continua a caracterizar o país, refere Luís Capucha. As pensões de reforma e o nível de salários encontram-se abaixo do nível de pobreza, reforça Alfredo Bruto da Costa, presidente do Conselho Económico e Social, mas os níveis de privação dos mais pobres têm-se atenuado com as novas medidas sociais, defende.
Ao mesmo tempo, os processos de modernização trouxeram "um grupo de pobres em forte expansão", comenta Luís Capucha: às minorias étnicas tradicionais (ciganos e africanos lusófonos) juntam-se agora um novo grupo de minorias étnicas, acrescenta Rogério Roque Amaro, investigador do ISCTE, autor de "A luta contra a pobreza e a exclusão social em Portugal". Este fenómeno mais recente povoa, sobretudo, espaços urbanos e suburbanos degradados e tem tendência a criar novas tensões sociais, sublinha.
O processo de modernização trouxe também mudanças ao nível das estruturas familiares: as famílias monoparentais femininas são outra categoria em crescimento, têm pouca formação e dificuldades acrescidas para entrar no mercado de trabalho. Em todos os indicadores de pobreza, as mulheres tendem a ser mais vulneráveis do que os homens, refere Luís Capucha.
"Peças de xadrez"
Ao mesmo tempo, a forma como se pretende fazer face ao problema da pobreza nem sempre é a mais indicada. Rogério Roque Amaro cita o mau exemplo dos processos de realojamento em Portugal. "Continuam a fazer-se com base em critérios técnicos e não sociais", o que ajuda a agravar os problemas das zonas desfavorecidas, defende. Os erros do passado repetem-se: as zonas de realojamento continuam a ser estigmatizadas por letras que denunciam a falta de identidade dos locais ("N1, B2...") e, acima de tudo, ignora-se todo o trabalho social feito nos locais de barracas e transferem-se as pessoas apenas de acordo com a correspondência entre as tipologias de apartamentos (T1, T2, T3) e as dimensões das famílias. Resultado: quebram-se todas as redes de vizinhança e associativismo e desenraízam-se as pessoas. Não é, portanto, de estranhar que algumas pessoas digam que se sentiam mais felizes nos locais onde estavam, em barracas, do que nos novos blocos onde são depositados, comenta Roque Amaro. A melhoria aparente das condições de habitabilidade dá lugar à degradação dos ambientes sociais e ao aumento do estigma destes espaços.
No realojamento de pessoas oriundas de bairros-problema pretende-se muitas vezes apenas dispersar, "a salada russa sem critérios", sem dar ouvidos aos técnicos no terreno, dá lugar, por exemplo, à transferência para o mesmo local de grupos rivais, que nos seus locais tinham os seus territórios de tráfico de droga, e ao aumento de violência. "Tratam-se as pessoas como peças de xadrez".
"Estes processos são decisões de gabinete" envoltas em secretismo com receio de aumentar as reivindicações das populações, reforça Roque Amaro. Persiste o espírito de que se lhes está a ser feito um favor e não se insiste na participação quando o protagonismo e participação das populações é essencial, em obediência a recomendações de organismos internacionais, como forma de dar direitos, mas também deveres e responsabilidades, conclui.
"Se há matéria na qual Portugal apresenta um bloqueio importante em relação aos seus parceiros europeus, é precisamente o da pobreza", defende Luís Capucha, sociólogo do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), especialista na área da pobreza e exclusão social.
Com políticas como o Rendimento Mínimo Garantido, o crescimento do salário mínimo acima dos níveis de inflação, o aumento das pensões mais baixas e o Programa Nacional de Luta Contra a Pobreza, Portugal conheceu uma diminuição da taxa de pobreza na segunda metade da década de 90: em 1995, 23 por cento de portugueses tinham um rendimento inferior ao limiar de pobreza (cerca de 350 euros); desde 1998 até 2000 (o dado mais recente) estacionou nos 21 por cento. Ainda assim, seis pontos acima da média europeia, indicam os dados do Eurostat publicados este ano.
Mas o que se esconde detrás dos números? A visibilidade dos novos pobres aumentou - com o grupo dos imigrantes e minorias étnicas -, mas é a pobreza tradicional que continua a marcar a sociedade portuguesa. Cerca de 30 por cento dos pobres portugueses são idosos pensionistas, cerca de sete por cento são empregados de baixo rendimento, duas categorias de pessoas que passam dificuldades pelo atraso estrutural que continua a caracterizar o país, refere Luís Capucha. As pensões de reforma e o nível de salários encontram-se abaixo do nível de pobreza, reforça Alfredo Bruto da Costa, presidente do Conselho Económico e Social, mas os níveis de privação dos mais pobres têm-se atenuado com as novas medidas sociais, defende.
Ao mesmo tempo, os processos de modernização trouxeram "um grupo de pobres em forte expansão", comenta Luís Capucha: às minorias étnicas tradicionais (ciganos e africanos lusófonos) juntam-se agora um novo grupo de minorias étnicas, acrescenta Rogério Roque Amaro, investigador do ISCTE, autor de "A luta contra a pobreza e a exclusão social em Portugal". Este fenómeno mais recente povoa, sobretudo, espaços urbanos e suburbanos degradados e tem tendência a criar novas tensões sociais, sublinha.
O processo de modernização trouxe também mudanças ao nível das estruturas familiares: as famílias monoparentais femininas são outra categoria em crescimento, têm pouca formação e dificuldades acrescidas para entrar no mercado de trabalho. Em todos os indicadores de pobreza, as mulheres tendem a ser mais vulneráveis do que os homens, refere Luís Capucha.
"Peças de xadrez"
Ao mesmo tempo, a forma como se pretende fazer face ao problema da pobreza nem sempre é a mais indicada. Rogério Roque Amaro cita o mau exemplo dos processos de realojamento em Portugal. "Continuam a fazer-se com base em critérios técnicos e não sociais", o que ajuda a agravar os problemas das zonas desfavorecidas, defende. Os erros do passado repetem-se: as zonas de realojamento continuam a ser estigmatizadas por letras que denunciam a falta de identidade dos locais ("N1, B2...") e, acima de tudo, ignora-se todo o trabalho social feito nos locais de barracas e transferem-se as pessoas apenas de acordo com a correspondência entre as tipologias de apartamentos (T1, T2, T3) e as dimensões das famílias. Resultado: quebram-se todas as redes de vizinhança e associativismo e desenraízam-se as pessoas. Não é, portanto, de estranhar que algumas pessoas digam que se sentiam mais felizes nos locais onde estavam, em barracas, do que nos novos blocos onde são depositados, comenta Roque Amaro. A melhoria aparente das condições de habitabilidade dá lugar à degradação dos ambientes sociais e ao aumento do estigma destes espaços.
No realojamento de pessoas oriundas de bairros-problema pretende-se muitas vezes apenas dispersar, "a salada russa sem critérios", sem dar ouvidos aos técnicos no terreno, dá lugar, por exemplo, à transferência para o mesmo local de grupos rivais, que nos seus locais tinham os seus territórios de tráfico de droga, e ao aumento de violência. "Tratam-se as pessoas como peças de xadrez".
"Estes processos são decisões de gabinete" envoltas em secretismo com receio de aumentar as reivindicações das populações, reforça Roque Amaro. Persiste o espírito de que se lhes está a ser feito um favor e não se insiste na participação quando o protagonismo e participação das populações é essencial, em obediência a recomendações de organismos internacionais, como forma de dar direitos, mas também deveres e responsabilidades, conclui.
in Público
quinta-feira, outubro 16, 2003
quarta-feira, outubro 15, 2003
leio que o meu pipi fodeu uma mulher de 70 anos há uns dias atrás. a mulher era virgem.
o meu pipi já tem de meter ácidos para escrever aquelas coisas que ele costuma escrever. ele e mais os 800 gajos que comentaram esse mesmo post... entre os quais, decerto se encontra o meu cunhado...! tenha santa paciência!
ps - não vale a pena fazer o link para o blog acima referido, certo? toda a gente o sabe de cor... eu sei...!
o meu pipi já tem de meter ácidos para escrever aquelas coisas que ele costuma escrever. ele e mais os 800 gajos que comentaram esse mesmo post... entre os quais, decerto se encontra o meu cunhado...! tenha santa paciência!
ps - não vale a pena fazer o link para o blog acima referido, certo? toda a gente o sabe de cor... eu sei...!
para o manel, que está sempre a fazer rewind para voltar a ouvir esta música
La bohème
Charles Aznavour
Je vous parle d'un temps
Que les moins de vingt ans
Ne peuvent pas connaître
Montmartre en ce temps-là
Accrochait ses lilas
Jusque sous nos fenêtres
Et si l'humble garni
Qui nous servait de nid
Ne payait pas de mine
C'est là qu'on s'est connu
Moi qui criait famine
Et toi qui posais nue
La bohème, la bohème
Ça voulait dire on est heureux
La bohème, la bohème
Nous ne mangions qu'un jour sur deux
Dans les cafés voisins
Nous étions quelques-uns
Qui attendions la gloire
Et bien que miséreux
Avec le ventre creux
Nous ne cessions d'y croire
Et quand quelque bistro
Contre un bon repas chaud
Nous prenait une toile
Nous récitions des vers
Groupés autour du poêle
En oubliant l'hiver
La bohème, la bohème
Ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème
Et nous avions tous du génie
Souvent il m'arrivait
Devant mon chevalet
De passer des nuits blanches
Retouchant le dessin
De la ligne d'un sein
Du galbe d'une hanche
Et ce n'est qu'au matin
Qu'on s'asseyait enfin
Devant un café-crème
Epuisés mais ravis
Fallait-il que l'on s'aime
Et qu'on aime la vie
La bohème, la bohème
Ça voulait dire on a vingt ans
La bohème, la bohème
Et nous vivions de l'air du temps
Quand au hasard des jours
Je m'en vais faire un tour
A mon ancienne adresse
Je ne reconnais plus
Ni les murs, ni les rues
Qui ont vu ma jeunesse
En haut d'un escalier
Je cherche l'atelier
Dont plus rien ne subsiste
Dans son nouveau décor
Montmartre semble triste
Et les lilas sont morts
La bohème, la bohème
On était jeunes, on était fous
La bohème, la bohème
Ça ne veut plus rien dire du tout
uma das vezes (das muitas vezes) que me apaixonei pelo manel foi ao som desta música, no carro, a olhar para ele, que cantava com um ar sofredor e dramático com a sua voz a arrastar... depois perguntou-me
- percebeste a letra?
balbuciei qualquer coisa tipo
- pois, alguma coisa...
claro que não percebi nada da letra da música! estava toda derretida, encantada a olhar para ele, tinha lá cabeça para reparar na letra...
La bohème
Charles Aznavour
Je vous parle d'un temps
Que les moins de vingt ans
Ne peuvent pas connaître
Montmartre en ce temps-là
Accrochait ses lilas
Jusque sous nos fenêtres
Et si l'humble garni
Qui nous servait de nid
Ne payait pas de mine
C'est là qu'on s'est connu
Moi qui criait famine
Et toi qui posais nue
La bohème, la bohème
Ça voulait dire on est heureux
La bohème, la bohème
Nous ne mangions qu'un jour sur deux
Dans les cafés voisins
Nous étions quelques-uns
Qui attendions la gloire
Et bien que miséreux
Avec le ventre creux
Nous ne cessions d'y croire
Et quand quelque bistro
Contre un bon repas chaud
Nous prenait une toile
Nous récitions des vers
Groupés autour du poêle
En oubliant l'hiver
La bohème, la bohème
Ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème
Et nous avions tous du génie
Souvent il m'arrivait
Devant mon chevalet
De passer des nuits blanches
Retouchant le dessin
De la ligne d'un sein
Du galbe d'une hanche
Et ce n'est qu'au matin
Qu'on s'asseyait enfin
Devant un café-crème
Epuisés mais ravis
Fallait-il que l'on s'aime
Et qu'on aime la vie
La bohème, la bohème
Ça voulait dire on a vingt ans
La bohème, la bohème
Et nous vivions de l'air du temps
Quand au hasard des jours
Je m'en vais faire un tour
A mon ancienne adresse
Je ne reconnais plus
Ni les murs, ni les rues
Qui ont vu ma jeunesse
En haut d'un escalier
Je cherche l'atelier
Dont plus rien ne subsiste
Dans son nouveau décor
Montmartre semble triste
Et les lilas sont morts
La bohème, la bohème
On était jeunes, on était fous
La bohème, la bohème
Ça ne veut plus rien dire du tout
uma das vezes (das muitas vezes) que me apaixonei pelo manel foi ao som desta música, no carro, a olhar para ele, que cantava com um ar sofredor e dramático com a sua voz a arrastar... depois perguntou-me
- percebeste a letra?
balbuciei qualquer coisa tipo
- pois, alguma coisa...
claro que não percebi nada da letra da música! estava toda derretida, encantada a olhar para ele, tinha lá cabeça para reparar na letra...
Il faut savoir
Charles Aznavour
Il faut savoir encore sourire
Quand le meilleur s'est retiré
Et qu'il ne reste que le pire
Dans une vie bête à pleurer
Il faut savoir, coûte que coûte
Garder toute sa dignité
Et malgré ce qu'il nous en coûte
S'en aller sans se retourner
Face au destin qui nous désarme
Et devant le bonheur perdu
Il faut savoir cacher ses larmes
Mais moi, mon c?ur, je n'ai pas su
Il faut savoir quitter la table
Lorsque l'amour est desservi
Sans s'accrocher l'air pitoyable
Mais partir sans faire de bruit
Il faut savoir cacher sa peine
Sous le masque de tous les jours
Et retenir les cris de haine
Qui sont les derniers mots d'amour
Il faut savoir rester de glace
Et taire un c?ur qui meurt déjà
Il faut savoir garder la face
Mais moi, mon c?ur, je t'aime trop
Mais moi, je ne peux pas
Il faut savoir mais moi
Je ne sais pas...
Charles Aznavour
Il faut savoir encore sourire
Quand le meilleur s'est retiré
Et qu'il ne reste que le pire
Dans une vie bête à pleurer
Il faut savoir, coûte que coûte
Garder toute sa dignité
Et malgré ce qu'il nous en coûte
S'en aller sans se retourner
Face au destin qui nous désarme
Et devant le bonheur perdu
Il faut savoir cacher ses larmes
Mais moi, mon c?ur, je n'ai pas su
Il faut savoir quitter la table
Lorsque l'amour est desservi
Sans s'accrocher l'air pitoyable
Mais partir sans faire de bruit
Il faut savoir cacher sa peine
Sous le masque de tous les jours
Et retenir les cris de haine
Qui sont les derniers mots d'amour
Il faut savoir rester de glace
Et taire un c?ur qui meurt déjà
Il faut savoir garder la face
Mais moi, mon c?ur, je t'aime trop
Mais moi, je ne peux pas
Il faut savoir mais moi
Je ne sais pas...
terça-feira, outubro 14, 2003
texto do link para quem quer deixar de receber as propostas do rogério:
Tem mesmo a certeza de que não quer receber as nossas últimas novidades?
Ao solicitar-nos a interrupção deste serviço, estará a perder a oportunidade privilegiada de conhecer, em primeira mão, os últimos lançamentos das Selecções do Reader's Digest, entre outros produtos exclusivos, escolhidos a pensar nas suas preferências.
Além disso, pense em todos os benefícios que estará a recusar: a possibilidade de participar nos nossos Concursos e habilitar-se a ganhar valiosos prémios, a oportunidade de receber aliciantes Brindes Grátis e ainda de poder beneficiar de um sistema de Crédito Gratuito, para efectuar pagamentos em suaves mensalidades, sem juros. Um conjunto de vantagens exclusivas que apenas poderá encontrar nas Selecções do Reader's Digest!
Por tudo isto, temos a certeza de que vai reconsiderar a sua decisão.
Como vê, tem tudo a ganhar!
quando me perguntaram "quer manter o seu nome na lista?", carreguei no não e senti-me uma mulher mais inteligente...
Tem mesmo a certeza de que não quer receber as nossas últimas novidades?
Ao solicitar-nos a interrupção deste serviço, estará a perder a oportunidade privilegiada de conhecer, em primeira mão, os últimos lançamentos das Selecções do Reader's Digest, entre outros produtos exclusivos, escolhidos a pensar nas suas preferências.
Além disso, pense em todos os benefícios que estará a recusar: a possibilidade de participar nos nossos Concursos e habilitar-se a ganhar valiosos prémios, a oportunidade de receber aliciantes Brindes Grátis e ainda de poder beneficiar de um sistema de Crédito Gratuito, para efectuar pagamentos em suaves mensalidades, sem juros. Um conjunto de vantagens exclusivas que apenas poderá encontrar nas Selecções do Reader's Digest!
Por tudo isto, temos a certeza de que vai reconsiderar a sua decisão.
Como vê, tem tudo a ganhar!
quando me perguntaram "quer manter o seu nome na lista?", carreguei no não e senti-me uma mulher mais inteligente...
recebi neste preciso momento um mail de um senhor chamado rogério carvalho, director de serviços e-business das selecções do reader's digest, que reza assim:
Subject: CHAMADA FINAL
From: Rogério Carvalho
Há dias recebeu uma mensagem que lhe dava a oportunidade de ganhar valiosos prémios. Venho agora dizer-lhe que a chamada final para a confirmação do seu nome como potencial vencedor teve início neste exacto momento. Não espere mais: clique já em www.etapafinal.com , pois os prazos de habilitação estão quase a terminar.
Aproveite esta última oportunidade de ganhar um prémio de 225.000 euros e, quem sabe, um espectacular BMW Série 5 - siga o meu conselho e digite www.etapafinal.com. Ainda está a tempo de juntar o seu nome à lista dos grandes vencedores dos sorteios das Selecções!
Se não desejar receber mais notícias sobre as nossas ofertas e serviços, incluindo a oportunidade de ganhar valiosos prémios, ou se foi inadvertidamente contactado, clique aqui.
Se desejar receber outras informações sobre a presente oferta, clique aqui.
primeiro, como é que esta gente tem acesso ao meu endereço de mail? segundo, enviam uma carta personalizada, com o meu nome... quem é que tem paciência para digitar todos estes nomes...? terceiro, eles acreditam que vou clicar imediatamente, ansiosamente no link da etapa final? quarto, se eu, uma perfeita demente, quiser parar de receber estes emails, tenho consciência da oportunidade de ouro que escorrega das minhas mãos e que me permite ganhar prémios valiosos em dinheiro e em bens?!
tenho medo de clicar no link, que me vai tornar numa mulher louca e que, em vez de perder um bmw série 5, me convençam a dar a morada de casa, o nº do cartão cartão de crédito e todo o dinheiro que tenho no banco... é porque estes estes fulanos são muitos persuasivos! são os gurus do marketing directo!
Subject: CHAMADA FINAL
From: Rogério Carvalho
Há dias recebeu uma mensagem que lhe dava a oportunidade de ganhar valiosos prémios. Venho agora dizer-lhe que a chamada final para a confirmação do seu nome como potencial vencedor teve início neste exacto momento. Não espere mais: clique já em www.etapafinal.com , pois os prazos de habilitação estão quase a terminar.
Aproveite esta última oportunidade de ganhar um prémio de 225.000 euros e, quem sabe, um espectacular BMW Série 5 - siga o meu conselho e digite www.etapafinal.com. Ainda está a tempo de juntar o seu nome à lista dos grandes vencedores dos sorteios das Selecções!
Se não desejar receber mais notícias sobre as nossas ofertas e serviços, incluindo a oportunidade de ganhar valiosos prémios, ou se foi inadvertidamente contactado, clique aqui.
Se desejar receber outras informações sobre a presente oferta, clique aqui.
primeiro, como é que esta gente tem acesso ao meu endereço de mail? segundo, enviam uma carta personalizada, com o meu nome... quem é que tem paciência para digitar todos estes nomes...? terceiro, eles acreditam que vou clicar imediatamente, ansiosamente no link da etapa final? quarto, se eu, uma perfeita demente, quiser parar de receber estes emails, tenho consciência da oportunidade de ouro que escorrega das minhas mãos e que me permite ganhar prémios valiosos em dinheiro e em bens?!
tenho medo de clicar no link, que me vai tornar numa mulher louca e que, em vez de perder um bmw série 5, me convençam a dar a morada de casa, o nº do cartão cartão de crédito e todo o dinheiro que tenho no banco... é porque estes estes fulanos são muitos persuasivos! são os gurus do marketing directo!
segunda-feira, outubro 13, 2003
sexta-feira, outubro 10, 2003
quinta-feira, outubro 09, 2003
brel
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
quarta-feira, outubro 08, 2003
sempre fui uma mulher de esquerda. ou pelo menos, sempre me considerei uma mulher de esquerda. sou ainda uma mulher de esquerda. mas, ultimamente anda-me a fugir o pezinho para um centro cada vez mais de direita. a coloração esbatida de um rosa velho tem vindo a adoptar um espectro mais vivo, mais laranja. estas coisas não deviam acontecer. não sou bem como o sr. durão barroso mas caramba... assustada, começo a ver que para lá caminho.
mas creio haver uma explicação para esta minha tendência: é uma reacção de repulsão às lulas socialistas (aquelas que cacarejam, que seguem o idiota do polvo e que se consideram de esquerda). não posso mais ouvir o seu cacarejar diário contra o governo. diariamente se congratulam e celebram a sucessiva queda dos ministros. não percebem que embora lhes dê uma satisfação política, que é péssimo para o país. precisamos de estabilidade e não de convulsão política... (lá estou eu a fugir para o conservadorismo...!) confesso que fico louca, com vontade de soltar a social democrata que (ao que parece) há em mim e vomitar-lhes todo o sumo de laranja que me sufoca. apetece-me abana-las com forças, dar-lhes estalos para ver se os fusíveis nas suas cabecinhas ocas fazem algum contacto!
sou um bocadinho do contra e muitas vezes discuto essencialmente por paixões... ou ódios... em vez de razões. o meu ódio por esta coisa onde trabalho é já tão visceral, a minha vontade espantar o polvo para outras águas é tão forte que acabo por assumir e sentir as políticas deste governo só porque me coloca numa posição oposta a esta gente.
sou uma mulher de esquerda mas com um pezinho a fugir-me para a direita porque destilo ódios contra umas lulas que se consideram de esquerdas, mas que não passam de umas idiotas.
ou seja, sou uma mulher de esquerda mas uma gaja às direitas!
mas creio haver uma explicação para esta minha tendência: é uma reacção de repulsão às lulas socialistas (aquelas que cacarejam, que seguem o idiota do polvo e que se consideram de esquerda). não posso mais ouvir o seu cacarejar diário contra o governo. diariamente se congratulam e celebram a sucessiva queda dos ministros. não percebem que embora lhes dê uma satisfação política, que é péssimo para o país. precisamos de estabilidade e não de convulsão política... (lá estou eu a fugir para o conservadorismo...!) confesso que fico louca, com vontade de soltar a social democrata que (ao que parece) há em mim e vomitar-lhes todo o sumo de laranja que me sufoca. apetece-me abana-las com forças, dar-lhes estalos para ver se os fusíveis nas suas cabecinhas ocas fazem algum contacto!
sou um bocadinho do contra e muitas vezes discuto essencialmente por paixões... ou ódios... em vez de razões. o meu ódio por esta coisa onde trabalho é já tão visceral, a minha vontade espantar o polvo para outras águas é tão forte que acabo por assumir e sentir as políticas deste governo só porque me coloca numa posição oposta a esta gente.
sou uma mulher de esquerda mas com um pezinho a fugir-me para a direita porque destilo ódios contra umas lulas que se consideram de esquerdas, mas que não passam de umas idiotas.
ou seja, sou uma mulher de esquerda mas uma gaja às direitas!
a tampa do depósito do óleo do meu carro desapareceu. dei pelo sucedido ontem, depois de olhar espantada o interior do carro e verificar que o motor tinha uma mancha que escorregava quase até ao chão. não sei quando é que isso foi (o desaparecimento da dita) mas tenho pena do meu carro, assim mutilado. vou sair agora e comprar uma tampa, para substituir aquela outra, fugitiva...
o meu carro tem por nome de combate raio trovão azul. fica-lhe a matar!
o meu carro tem por nome de combate raio trovão azul. fica-lhe a matar!
terça-feira, outubro 07, 2003
há uma coisa que não percebo: porque é que andam sempre a felicitar as pessoas que chegam ou retornam à bloguesfera?
"fulano tal já chegou à bloguesfera: bem-vindo!"
"sicrano retornou de férias! bem-vindo!"
"beltrano está fora porque foi a um casamento/ conferência/ casa de banho. vamos sentir muito a sua falta. quando voltar, vamos todos dizer em uníssono:bem-vindo!"
a mim ainda niguém me deu as boas vindas. porquê?
"fulano tal já chegou à bloguesfera: bem-vindo!"
"sicrano retornou de férias! bem-vindo!"
"beltrano está fora porque foi a um casamento/ conferência/ casa de banho. vamos sentir muito a sua falta. quando voltar, vamos todos dizer em uníssono:bem-vindo!"
a mim ainda niguém me deu as boas vindas. porquê?
quando andava na universidade ouvia muito mais música do que ouço agora. descobri o sérgio godinho ao longo desses anos. era sempre uma excitação quando uma de nós, eu ou a minha irmã, comprava um álbum novo. os primeiros foram ainda em vinil, uns discos grandes, pretos, brilhantes, riscados, frágeis. às vezes comprava um single que descobria ao acaso numa discoteca e oferecia-o à minha irmã que, no fundo, foi a minha mentora nestas coisa de gostar, de amar música. não consigo decidir qual a minha música preferida do sérgio godinho. há umas que me fazem arrepiar os cabelinhos da nuca, outras deixam-me no peito uma dor indefinível, algumas fazem-me sentir que a vida é bonita e é bonita! de há um tempo para cá, uma canção em particular tem soado na minha cabeça quase todos os dias, que fala de uma rapariga que gosta de jogar matraquilhos num bairro qualquer em lisboa e que se tornou o mote, a inspiração do blog da minha irmã.
a minha irmã.
a minha irmã...
também me espanta o amor que sinto por ela. também ele é devoto. incondicional. daqueles que dói no peito de tanto pesar.
a minha irmã.
a minha irmã...
também me espanta o amor que sinto por ela. também ele é devoto. incondicional. daqueles que dói no peito de tanto pesar.
ontem, pela primeira vez, ouvi o irmão do meio, o novo (quase velho) álbum do sérgio godinho. foi um imenso prazer. ouvi-o a sussurrar o amanhecer com o caetano veloso, a colocar a mão em V com os da waesel e o gabriel o pensador, a arribar o barbabé com o vitorino, a mudar de assunto com o jorge palma, a medir forças com o josé mário branco, a dançar com os clã, a cacarejar com o rui veloso.
gostei tanto que quase me doía o peito. sinto-o dorido ainda agora. fico meia espantada com esta capacidade de amar assim letras, músicas, melodias, vozes, arranjos. sou uma devota. incondicional.
gostei tanto que quase me doía o peito. sinto-o dorido ainda agora. fico meia espantada com esta capacidade de amar assim letras, músicas, melodias, vozes, arranjos. sou uma devota. incondicional.
segunda-feira, outubro 06, 2003
ei-los, os autores da canção abaixo mencionada. só mesmo em portugal é que uma banda punk formada em 82 lança o seu primeiro álbum em 1990 e faz sucesso...!
não percebo... não consigo abrir a página deste blog até ao fim e o dia de semana está ligeiramente chegado para a direita. o que é que se passa? e porque é que eu não fui para informática?!
sim, porque se tivesse ingressado num desses cursos cheios de números, infinitos, forças e componentes não estaria para aqui jogada, à espera que o durão barroso convide (e que alguém aceite...) o próximo ministro da ciência e da tecnologia, para que essa excelentíssima personagem assine de uma vez por todas o despacho que garanta o meu despedimento. porra!
mas se calhar... se tivesse ido para informática... não tinha metade da piada! ;)
presunção e água benta, susana, é o que tu precisas!
é a loucura de estar para aqui sem nada para fazer... (e por favor que ninguém continue a frase anterior ao som daquela música horrorosa que tinha como refrão "a minha sogra é um boi").
sim, porque se tivesse ingressado num desses cursos cheios de números, infinitos, forças e componentes não estaria para aqui jogada, à espera que o durão barroso convide (e que alguém aceite...) o próximo ministro da ciência e da tecnologia, para que essa excelentíssima personagem assine de uma vez por todas o despacho que garanta o meu despedimento. porra!
mas se calhar... se tivesse ido para informática... não tinha metade da piada! ;)
presunção e água benta, susana, é o que tu precisas!
é a loucura de estar para aqui sem nada para fazer... (e por favor que ninguém continue a frase anterior ao som daquela música horrorosa que tinha como refrão "a minha sogra é um boi").
sexta-feira, outubro 03, 2003
ontem reconcilei-me com a maria bethânia. de há uns anos para cá andava meio aborrecida, um pouco farta, cansada das suas canções de amor amargas, tristes, assassinas. talvez as tivesse sentido demasiado, talvez não as compreendesse.
bastou-me ouvir o seu primeiro murmúrio de voz para perceber como sou grande cretina.
apaixonei-me por completo. reapaixonei-me. adoro-a. é linda.
bastou-me ouvir o seu primeiro murmúrio de voz para perceber como sou grande cretina.
apaixonei-me por completo. reapaixonei-me. adoro-a. é linda.
Sem Fantasia
(Chico Buarque)
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus
1967 - Composta para a peça Roda Viva
Teresinha
(Chico Buarque)
(...)
O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração
1977 - Ópera do Malandro
ontem, no coliseu, a maria bethânia e o gilberto gil explodiram o meu coração.
(Chico Buarque)
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus
1967 - Composta para a peça Roda Viva
Teresinha
(Chico Buarque)
(...)
O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração
1977 - Ópera do Malandro
ontem, no coliseu, a maria bethânia e o gilberto gil explodiram o meu coração.
quinta-feira, outubro 02, 2003
para casar na índia
dos meus primos direitos da parte do meu pai, sou a única solteira e não procriadora. calculo que as minhas tias estejam já a ficar preocupadas e que os meus paisdeseperem por esses lindos dias (o do casar e o do gerar). já não devem saber o que dizer quando chegam a goa, ano após ano...
diálogo imaginário entre a minha mãe e a minha tia maria, no segundo dia de férias, logo após a minha tia perguntar...
- and susana, how is she?
- pois, a susaninha está óptima! fine, fine...
-...
- ela namora com um rapaz que gostamos muito. é advogado em lisboa. a clarinha estagiou com ele!
-...
- sim, sim, é muito simpático e já foi lá a casa!
-...
- a susaninha? bom, ela já comprou uma casinha. é pequenina, coitadinha, mas muito jeitosinha. vê lá tu que comprou os móveis todos por menos de 400 contos...! coitadinha...
-...
- pois... ela agora está lá a morar.
-...
- sim, sozinha...
-...
- o namorado?? não, não... ele só lá vai jantar, para lhe fazer companhia à noite, coitadinha...!
-...
- pois... deve estar próximo, o casamento. nós gostavamos muito!
a minha mãe vai mentir com os dentes todos que tem na boca... e olhem que são muitos! coitadinha...
dos meus primos direitos da parte do meu pai, sou a única solteira e não procriadora. calculo que as minhas tias estejam já a ficar preocupadas e que os meus paisdeseperem por esses lindos dias (o do casar e o do gerar). já não devem saber o que dizer quando chegam a goa, ano após ano...
diálogo imaginário entre a minha mãe e a minha tia maria, no segundo dia de férias, logo após a minha tia perguntar...
- and susana, how is she?
- pois, a susaninha está óptima! fine, fine...
-...
- ela namora com um rapaz que gostamos muito. é advogado em lisboa. a clarinha estagiou com ele!
-...
- sim, sim, é muito simpático e já foi lá a casa!
-...
- a susaninha? bom, ela já comprou uma casinha. é pequenina, coitadinha, mas muito jeitosinha. vê lá tu que comprou os móveis todos por menos de 400 contos...! coitadinha...
-...
- pois... ela agora está lá a morar.
-...
- sim, sozinha...
-...
- o namorado?? não, não... ele só lá vai jantar, para lhe fazer companhia à noite, coitadinha...!
-...
- pois... deve estar próximo, o casamento. nós gostavamos muito!
a minha mãe vai mentir com os dentes todos que tem na boca... e olhem que são muitos! coitadinha...
meu deus... o que é isto?!
http://www.rosachoque.blogspot.com/
nunca vi nada tão mau... que género de pessoas serão estas?! este martim da cunha e este hugo van zeller? estes senhores andaram numa faculdade? frequentaram um curso superior? não acredito! já viram bem a fuça do martim? quantas horas terá ele posado pela tirar aquela singela foto, que exprime toda a sua venerada inteligência?... devia estar a pensar mutante josé castelo-branco ou na elsa raposo!
minh'alma está pasma...!
não há por aí nenhum hacker que apague esta merda!?
http://www.rosachoque.blogspot.com/
nunca vi nada tão mau... que género de pessoas serão estas?! este martim da cunha e este hugo van zeller? estes senhores andaram numa faculdade? frequentaram um curso superior? não acredito! já viram bem a fuça do martim? quantas horas terá ele posado pela tirar aquela singela foto, que exprime toda a sua venerada inteligência?... devia estar a pensar mutante josé castelo-branco ou na elsa raposo!
minh'alma está pasma...!
não há por aí nenhum hacker que apague esta merda!?
quarta-feira, outubro 01, 2003
para quem quiser saber a explicação sobre o nome deste blog... está na coluna aqui do lado!
na parte inferior do ecrã do computador do trabalho tenho um postal que é uma fotografia de uma imagem do ganesh, em pedra, com uma barriga, grande, redonda, volumosa. faz-me lembrar uma outra, que normalmemte encontro em casa. acho que me apaixonei por barrigas volumosas, grandes, redondas. e é de família... sei que um dia vou ter uma barriga assim - enorme, global e lisa - quando ficar grávida. e vou-me sentir muito mais bonita!
para quem me perguntou hoje "que raio quererá dizer ganesh?", espero tê-lo esclarecido!
na parte inferior do ecrã do computador do trabalho tenho um postal que é uma fotografia de uma imagem do ganesh, em pedra, com uma barriga, grande, redonda, volumosa. faz-me lembrar uma outra, que normalmemte encontro em casa. acho que me apaixonei por barrigas volumosas, grandes, redondas. e é de família... sei que um dia vou ter uma barriga assim - enorme, global e lisa - quando ficar grávida. e vou-me sentir muito mais bonita!
para quem me perguntou hoje "que raio quererá dizer ganesh?", espero tê-lo esclarecido!
terça-feira, setembro 30, 2003
uma mulher acaba de me chamar filhotinha. filhotinha... detesto que me chamem filha, f'ia, e muito menos filhotinha! mas acham que sou o quê? uma miúda de liceu? a tipa deveria, no mínimo, chamar-me se minha senhora...! porra! deve ser quase uma década mais velha que ela... e senão... tenho pelo menos mais duas décadas de escolaridade em cima! (lá estou eu com este meu esquerdismo-caviar). juro que este será o meu último ano sem sapatos de salto... este ano locomoverei-me no cimo de saltos tipo agulha, com o mínimo de 10 cms... porra!
hoje descobri um blog diferente. diferente dos outros por onde me costumava passear virtualmente. é um blog diferente: não tem o propósito de expor opiniões de opinion makers (é redundante, eu sei, mas intenção é mesmo essa), não deseja espelhar a inteligência inquestionável de alguém, ou a sua pertinácia verrinosa. carece de convicções políticas. é, por isso, um blog simples, discreto, agradável. é bonito pelo seu conteúdo, que pode ou não agradar ou interessar a todos. tem um propósito, um objectivo. não pretende ser uma peça literária, e chega mesmo a ter uma linguagem profissional, informal, quase seca... à excpção de uns desenhos, comoventes, inocentes, bonitos.
enquanto me passeava por estes blogs, senti-me quase sufocada pelas magnas opiniões, as brilhantes sugestões, os esclarecedores comentários e os entusiasmados discursos dos seus utilizadores. é muita informação, ninguém consegue absorver aquilo tudo. sozinhos ou em grupo, eles invadem o espaço virtual e são seguidos por legiões de fãs, que já não conseguem iniciar o seu dia sem ler o último post do(s) seu(s) blog(s) preferido(s). os fãs devem ler os posts enquanto mexem o café, quase com a mesma atenção que dedicam à espreitadela horária ao sítio do público. confesso que estes homens e mulheres me inibem um bocadinho, porque também os imagino a vaguear por aqui e por ali, seguindo os seus ratos, e a dar de caras (vá-se lá saber como!) com os meus modestos e frequentemente histéricos escritos... e não sei se me apetece... se me apetece que eles me leiam assim (que presunção, pensarão todos vocês... tb acho que sim - que presunçosa, susa! não te fica bem... mas não é bem presunção: é mais receio!).
descobri ainda que existe uma lista... uma lista, com um top 25, com inbounds (que é isto?), com números, com outbounds... veio-me logo à cabeça a imagem do top mais, e dos partenaires que o apresentam, jovens, bonitos, cools. daqui a uns tempos, começaremos a assistir na sic radical ou em qualquer outra coisa parecida um top mais dos blogs e espantaremo-nos por o abrupto estar em primeiro lugar há já tanto tempo... e lembraremos o tempo que o stevie wonder esteve na posição cimeira com aquela linda melodia: i just call to say i love. e desesperaremos...
enquanto me passeava por estes blogs, senti-me quase sufocada pelas magnas opiniões, as brilhantes sugestões, os esclarecedores comentários e os entusiasmados discursos dos seus utilizadores. é muita informação, ninguém consegue absorver aquilo tudo. sozinhos ou em grupo, eles invadem o espaço virtual e são seguidos por legiões de fãs, que já não conseguem iniciar o seu dia sem ler o último post do(s) seu(s) blog(s) preferido(s). os fãs devem ler os posts enquanto mexem o café, quase com a mesma atenção que dedicam à espreitadela horária ao sítio do público. confesso que estes homens e mulheres me inibem um bocadinho, porque também os imagino a vaguear por aqui e por ali, seguindo os seus ratos, e a dar de caras (vá-se lá saber como!) com os meus modestos e frequentemente histéricos escritos... e não sei se me apetece... se me apetece que eles me leiam assim (que presunção, pensarão todos vocês... tb acho que sim - que presunçosa, susa! não te fica bem... mas não é bem presunção: é mais receio!).
descobri ainda que existe uma lista... uma lista, com um top 25, com inbounds (que é isto?), com números, com outbounds... veio-me logo à cabeça a imagem do top mais, e dos partenaires que o apresentam, jovens, bonitos, cools. daqui a uns tempos, começaremos a assistir na sic radical ou em qualquer outra coisa parecida um top mais dos blogs e espantaremo-nos por o abrupto estar em primeiro lugar há já tanto tempo... e lembraremos o tempo que o stevie wonder esteve na posição cimeira com aquela linda melodia: i just call to say i love. e desesperaremos...
ETELVINA
Etelvina com seis meses já se tinha de pé
foi deixada num cinema depois da matinée
com um recado na lapela que dizia assim
quem tomar conta de mim
quem tomar conta de mim
saiba que fui vacinada
saiba que sou malcriada
Etelvina com dezasseis anos já conhecia
todos os reformatórios da terra onde vivia
entregaram-na a uma velha que ralhava assim
ai menina sem juízo
nem mereces um sorriso
vais acabar num bueiro
sem futuro nem dinheiro
Eu durmo sozinha à noite
vou dormir à beira rio à noite à noite
acocorada com o frio à noite à noite
Etelvina era da rua como outros são do campo
sua cama era um caixote sem paredes nem tampo
sua janela uma ponte que dizia assim
dentro das minhas cidades
já não sei quem é ladrão
se um que anda fora das grades
se outro que está na prisão
Etelvina só gostava era de andar pela cidade
a semear desacatos e a colher tempestade
a meter com os ricaços a dizer assim
você que passa de carro
ferre aqui a ver se eu deixo
venha cá que eu já o agarro
dou-lhe um pontapé no queixo
Eu durmo sozinha à noite ...
Etelvina já cansada de viver sem ninguém
a não ser de vez em quando amores de vai e vem
pôs um anúncio no jornal que dizia assim
mulher desembaraçada
quer viver com alma irmã
de quem não seja criada
de quem não seja mamã
Etelvina já sabia que não ia encontrar
nem um príncipe encantado nem um lobo do mar
só alguém com quem pudesse dizer assim
o amor já não é cego
abre os olhinhos à gente
faz lutar com mais apego
a quem quer vida diferente
O seu homem encontrou-o à noite
a dormir à beira rio à noite à noite
acocorado com o frio à noite à noite
Sérgio Godinho - À Queima Roupa
1974
Etelvina com seis meses já se tinha de pé
foi deixada num cinema depois da matinée
com um recado na lapela que dizia assim
quem tomar conta de mim
quem tomar conta de mim
saiba que fui vacinada
saiba que sou malcriada
Etelvina com dezasseis anos já conhecia
todos os reformatórios da terra onde vivia
entregaram-na a uma velha que ralhava assim
ai menina sem juízo
nem mereces um sorriso
vais acabar num bueiro
sem futuro nem dinheiro
Eu durmo sozinha à noite
vou dormir à beira rio à noite à noite
acocorada com o frio à noite à noite
Etelvina era da rua como outros são do campo
sua cama era um caixote sem paredes nem tampo
sua janela uma ponte que dizia assim
dentro das minhas cidades
já não sei quem é ladrão
se um que anda fora das grades
se outro que está na prisão
Etelvina só gostava era de andar pela cidade
a semear desacatos e a colher tempestade
a meter com os ricaços a dizer assim
você que passa de carro
ferre aqui a ver se eu deixo
venha cá que eu já o agarro
dou-lhe um pontapé no queixo
Eu durmo sozinha à noite ...
Etelvina já cansada de viver sem ninguém
a não ser de vez em quando amores de vai e vem
pôs um anúncio no jornal que dizia assim
mulher desembaraçada
quer viver com alma irmã
de quem não seja criada
de quem não seja mamã
Etelvina já sabia que não ia encontrar
nem um príncipe encantado nem um lobo do mar
só alguém com quem pudesse dizer assim
o amor já não é cego
abre os olhinhos à gente
faz lutar com mais apego
a quem quer vida diferente
O seu homem encontrou-o à noite
a dormir à beira rio à noite à noite
acocorado com o frio à noite à noite
Sérgio Godinho - À Queima Roupa
1974
importa-se de repetir, por favor...
in Público de hoje
ha! duas miúdas de 14 anos conspiraram para matar o rei de marrocos... coitadinho! à mercê das mãos sanguinárias dessas duas rapariguitas malvadas...!
Três Adolescentes Marroquinas Acusadas de "Conspiração Contra o Rei"
Terça-feira, 30 de Setembro de 2003
O tribunal de Rabat preparava-se ontem para retomar o processo de três adolescentes marroquinas, onde se incluem duas irmãs gémeas com 14 anos, sob as quais recaem graves acusações, com destaque para a tentativa de "organização de uma conspiração contra o rei" Mohammed VI e planificação de "ataques-suicidas" contra o Parlamento.
As gémeas, que comparecem em companhia de uma terceira menor, vão ser julgadas com um grupo de 20 presumíveis integristas, com idades entre os 22 e os 32 anos, todos implicados no projecto de atentado contra um supermercado em Suissi, um bairro residencial da capital que vende bebidas alcoólicas, e ainda numa "conspiração" de contornos muito vagos "contra a pessoa do rei e a família real".
Numa confirmação sobre a especificidade deste caso, as autoridades marroquinas decidiram que as três adolescentes vão ser julgadas à margem dos restantes suspeitos, que segundo a polícia estão envolvidos na "conspiração". De acordo com a AFP, os processos vão decorrer à porta fechada.
As três raparigas foram detidas no início de Setembro, e as autoridades policiais dizem ter sido alertadas após as três raparigas solicitarem ao imã local que sancionasse as supostas acções terroristas. As três jovens terão sido detidas "apenas alguns dias antes" da concretização do suposto regicídio.
Segundo refere o correspondente da BBC em Rabat, este processo está a originar reacções contraditórias, com diversos sectores da sociedade marroquina a apontá-lo como uma confirmação da séria ameaça do islamismo radical no país. Estas prisões inserem-se numa vasta campanha contra os sectores islamistas radicais marroquinos após a aprovação de uma nova lei anti-terrorista, justificada pelos atentados de Maio passado em Casablanca que vitimaram 45 pessoas, incluindo 12 bombistas-suicidas.
No entanto, diversos sectores também questionam a capacidade de três adolescentes de origem humilde em organizar a audaciosa acção de que são acusadas. Diversos "media" têm publicado reportagens sobre a vida de Imane e Sanae al Ghariss, as duas gémeas "terroristas" que nasceram em 1989 de "pai desconhecido", foram remetidas "à mendicidade" nas ruas de Rabat e que, segundo alguns testemunhos, "ficaram fascinadas" com os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
P. C. R.
Terça-feira, 30 de Setembro de 2003
O tribunal de Rabat preparava-se ontem para retomar o processo de três adolescentes marroquinas, onde se incluem duas irmãs gémeas com 14 anos, sob as quais recaem graves acusações, com destaque para a tentativa de "organização de uma conspiração contra o rei" Mohammed VI e planificação de "ataques-suicidas" contra o Parlamento.
As gémeas, que comparecem em companhia de uma terceira menor, vão ser julgadas com um grupo de 20 presumíveis integristas, com idades entre os 22 e os 32 anos, todos implicados no projecto de atentado contra um supermercado em Suissi, um bairro residencial da capital que vende bebidas alcoólicas, e ainda numa "conspiração" de contornos muito vagos "contra a pessoa do rei e a família real".
Numa confirmação sobre a especificidade deste caso, as autoridades marroquinas decidiram que as três adolescentes vão ser julgadas à margem dos restantes suspeitos, que segundo a polícia estão envolvidos na "conspiração". De acordo com a AFP, os processos vão decorrer à porta fechada.
As três raparigas foram detidas no início de Setembro, e as autoridades policiais dizem ter sido alertadas após as três raparigas solicitarem ao imã local que sancionasse as supostas acções terroristas. As três jovens terão sido detidas "apenas alguns dias antes" da concretização do suposto regicídio.
Segundo refere o correspondente da BBC em Rabat, este processo está a originar reacções contraditórias, com diversos sectores da sociedade marroquina a apontá-lo como uma confirmação da séria ameaça do islamismo radical no país. Estas prisões inserem-se numa vasta campanha contra os sectores islamistas radicais marroquinos após a aprovação de uma nova lei anti-terrorista, justificada pelos atentados de Maio passado em Casablanca que vitimaram 45 pessoas, incluindo 12 bombistas-suicidas.
No entanto, diversos sectores também questionam a capacidade de três adolescentes de origem humilde em organizar a audaciosa acção de que são acusadas. Diversos "media" têm publicado reportagens sobre a vida de Imane e Sanae al Ghariss, as duas gémeas "terroristas" que nasceram em 1989 de "pai desconhecido", foram remetidas "à mendicidade" nas ruas de Rabat e que, segundo alguns testemunhos, "ficaram fascinadas" com os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
P. C. R.
in Público de hoje
ha! duas miúdas de 14 anos conspiraram para matar o rei de marrocos... coitadinho! à mercê das mãos sanguinárias dessas duas rapariguitas malvadas...!
segunda-feira, setembro 29, 2003
You Can't Always Get What You Want
(Jagger/Richards)
I saw her today at the reception
A glass of wine in her hand
I knew she was gonna meet her connection,
At her feet was her foot-loose man.
And you can't always get what you want,
Honey, you can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
We went down to the demonstration to get our fair share of abuse,
Singing, "We gonna vent our frustration"
If we don't we'll blow a fifty amp fuse
So, I went to the Chelsea Drugstore to get your prescription filled
I was standing in line with my friend, Mr. Jimmy
And man, did he look pretty ill
We decided that we would have a soda,
My fav'rite flavor was cherry red
I sing this song to my friend, Jimmy,
And he said one word to me and that was "dead"
And you can't always get what you want, honey
You can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
I saw her today at the reception
In her glass was a bleeding man
She was practised at the art of deception,
I could tell by her blood-stained hands
And you can't always get what you want, honey
You can't always get what you want
You can't always get what you want,
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
And you can' always get what you want, honey,
You can't always get what you want,
You cant always get what you want,
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
esta é uma das minha músicas preferidas. por acaso (ou talvez não) é dos rolling stones. tocaram-na no concerto. embora a tenha cantado aos berros, na realidade ouvia dentro da minha cabeça a versão do filme "Os Amigos de Alex" (um dos meus filmes preferidos), tocado em órgão de igreja e com vozes de coro... arrepia-me os cabelinhos da nuca só de pensar na cena do cemitérios ao som da música. também me lembro que havia um programa de rádio, penso que na rfm, que tinha esta versão da música no spot de apresentação.
de facto... qual o limite de amor, sexo, humor e amizade para cada pessoa?
(Jagger/Richards)
I saw her today at the reception
A glass of wine in her hand
I knew she was gonna meet her connection,
At her feet was her foot-loose man.
And you can't always get what you want,
Honey, you can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
We went down to the demonstration to get our fair share of abuse,
Singing, "We gonna vent our frustration"
If we don't we'll blow a fifty amp fuse
So, I went to the Chelsea Drugstore to get your prescription filled
I was standing in line with my friend, Mr. Jimmy
And man, did he look pretty ill
We decided that we would have a soda,
My fav'rite flavor was cherry red
I sing this song to my friend, Jimmy,
And he said one word to me and that was "dead"
And you can't always get what you want, honey
You can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
I saw her today at the reception
In her glass was a bleeding man
She was practised at the art of deception,
I could tell by her blood-stained hands
And you can't always get what you want, honey
You can't always get what you want
You can't always get what you want,
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
And you can' always get what you want, honey,
You can't always get what you want,
You cant always get what you want,
But if you try sometime, yeah,
You just might find you get what you need!
esta é uma das minha músicas preferidas. por acaso (ou talvez não) é dos rolling stones. tocaram-na no concerto. embora a tenha cantado aos berros, na realidade ouvia dentro da minha cabeça a versão do filme "Os Amigos de Alex" (um dos meus filmes preferidos), tocado em órgão de igreja e com vozes de coro... arrepia-me os cabelinhos da nuca só de pensar na cena do cemitérios ao som da música. também me lembro que havia um programa de rádio, penso que na rfm, que tinha esta versão da música no spot de apresentação.
de facto... qual o limite de amor, sexo, humor e amizade para cada pessoa?
sexta-feira, setembro 26, 2003
pronto... estou comovida até às lágrimas.
(agora vou ser como a minha mãe) eu também te amo, mana!
é tão bom ter estes sentimentos parolos e idiotas quando se tem uma irmã assim... uma alma gémea! (apetecia-me estar com o meu braço por cima dos ombros dela e que o braço dela estivessem por cima dos meus ombros :)
lá vou eu a saltitar duplamente para casa!
(agora vou ser como a minha mãe) eu também te amo, mana!
é tão bom ter estes sentimentos parolos e idiotas quando se tem uma irmã assim... uma alma gémea! (apetecia-me estar com o meu braço por cima dos ombros dela e que o braço dela estivessem por cima dos meus ombros :)
lá vou eu a saltitar duplamente para casa!
hoje vim trabalhar. despachei o que tinha a despachar antes das quatro. agora espero. espero. espero. espero pelo polvo e as suas correcções exaustivas mas pouco inteligentes. ele gosta muito de incutir o seu cunho em tudo... rica, escreve por cima, altera vírgulas, volta a corrigir, olha de longe, semicerra os olhos e ao fim de horas de espera, dá o seu trabalho por terminado.
hoje o desespero apoderou-se de nós, os juniores, como o polvo tanto gosta dizer. houve gargalhadas histéricas na cozinha, troca de emails desesperados, caretas, olhares de lado, desinteresse total. qualquer dia, qualquer dia damos os grito do ipiranga e vamos embora... todos, qual multidão revolucionária, operariado descontente e massa estudantil acéfala (tenho uma terrível inveja dos universitários por isso dá-me um especial prazer insultá-los).
é sexta-feira. é o que me vale... esta semana já não aguentava muito mais. tenho vontade de partir as fuças a alguém... estou a tornar-me uma mulher violenta... ando sempre com esgares de desprezo estampados na cara. estou farta. farta. farta. farta. farta.
sou uma chata com esta conversa de merda, não sou?
hoje o desespero apoderou-se de nós, os juniores, como o polvo tanto gosta dizer. houve gargalhadas histéricas na cozinha, troca de emails desesperados, caretas, olhares de lado, desinteresse total. qualquer dia, qualquer dia damos os grito do ipiranga e vamos embora... todos, qual multidão revolucionária, operariado descontente e massa estudantil acéfala (tenho uma terrível inveja dos universitários por isso dá-me um especial prazer insultá-los).
é sexta-feira. é o que me vale... esta semana já não aguentava muito mais. tenho vontade de partir as fuças a alguém... estou a tornar-me uma mulher violenta... ando sempre com esgares de desprezo estampados na cara. estou farta. farta. farta. farta. farta.
sou uma chata com esta conversa de merda, não sou?
quarta-feira, setembro 24, 2003
Eu sei que vou te amar
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
vinicius de moraes
já era noite. ou anoitecia. estava no carro, ouvia esta música. tinha-a gravado durante um agosto que passei a trabalhar. nunca senti tanto uma música como nesse momento. sentia a minha mão na mão do manel, olhava para ele enquanto a estrada descorria à nossa frente. ele voltava de longe, muito longe... um longe de dias, de minutos, de segundos, não de espaços, de distâncias. nunca senti tanto uma música como nesse momento...
por toda a minha vida, eu vou-te amar
desesperadamente
eu sei que vou te amar
a cada tua ausência, eu vou chorar
eu sei que vou sofrer
a eterna desventura de viver
à espera de viver ao lado teu
por toda a minha vida
...nem como agora.
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
vinicius de moraes
já era noite. ou anoitecia. estava no carro, ouvia esta música. tinha-a gravado durante um agosto que passei a trabalhar. nunca senti tanto uma música como nesse momento. sentia a minha mão na mão do manel, olhava para ele enquanto a estrada descorria à nossa frente. ele voltava de longe, muito longe... um longe de dias, de minutos, de segundos, não de espaços, de distâncias. nunca senti tanto uma música como nesse momento...
por toda a minha vida, eu vou-te amar
desesperadamente
eu sei que vou te amar
a cada tua ausência, eu vou chorar
eu sei que vou sofrer
a eterna desventura de viver
à espera de viver ao lado teu
por toda a minha vida
...nem como agora.
A rosa de Hiroxima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
poesia de vinicius de moraes, cantada pela maravilhosa voz do ney matogrosso.
confessem que já estão a cantarolar mentalmente esta linda musica... eu só de me lembrar, fico toda arrepiada.
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
poesia de vinicius de moraes, cantada pela maravilhosa voz do ney matogrosso.
confessem que já estão a cantarolar mentalmente esta linda musica... eu só de me lembrar, fico toda arrepiada.
terça-feira, setembro 23, 2003
segunda-feira, setembro 22, 2003
fui a uma discoteca no sábado. a uma, não... a duas. ao tóquio e ao jamaica. bebi demais e no jamaica sentia-me cair, desequilibrada, sem um ponto claro de gravidade. escorregou-me uma garrafa de cerveja quase cheia para o chão (mas isso em mim é normal... não é a primeira vez que me acontece) e lembro-me de ouvir o marco a dizer-me, com os seus olhos redondos "não bebas mais, susana...". não bebi mais mas continuei bêbeda. saltava para cima do manel, tentava trepar para cima dele, sujei-lhe as calças. à saída, já depois das 6 da manhã, olhei para os meus pés. as unhas estavam pretas, os pés sarapintados de sujidade escura. não, os meus não eram uns pés sexys quando me deitei na cama quase lavada de véspera. adormeci com a imagem dos meus pés, a sentir falta do manel ao meu lado, a interrogar-me sobre onde ele andaria. não o senti deitar-se ao meu lado, não o vi olhar para mim. mas imagino. gosto de imaginá-lo a olhar para mim, meia bebida, com os pés sujos, deitada na cama.
porque é que de manhã, à primeira garfada de salada de frutas, nos dá esta vontade súbita e quase violenta de ir à casa de banho? o que é isto... cólicas intestinais, espasmos, contracções, gases?!!
é bom ir à casa de banho... vamo-nos deixar de merdas e chamar os nomes às coisas: cagar, fazer cócó. pronto, fazer um cócó matinal... é bom mas porque estas reacções todas?os esgares, a ânsia no caminho até à casa de banho...
caramba. tenho aqui duas gajas que só falam sobre formação... no meio desta conversa, quem é que consegue escrever sobriamente sobre o acto cagatório? não há cu p'a isto... ;)
é bom ir à casa de banho... vamo-nos deixar de merdas e chamar os nomes às coisas: cagar, fazer cócó. pronto, fazer um cócó matinal... é bom mas porque estas reacções todas?os esgares, a ânsia no caminho até à casa de banho...
caramba. tenho aqui duas gajas que só falam sobre formação... no meio desta conversa, quem é que consegue escrever sobriamente sobre o acto cagatório? não há cu p'a isto... ;)
quinta-feira, setembro 18, 2003
um furacão
ou um tufão
ou um ciclone tropical grave
ou uma tempestade ciclónica grave
ou um ciclone trópica
o nome muda consoante a região...
o furacão isabel invade a costa leste dos estados unidos... hoje. em 1994 o furacão john arrasou durante mais de 30 dias. caramba! é por isso que gosto tanto de viver na europa, onde não há nomes específicos para tufões, furacões, etc...
quarta-feira, setembro 17, 2003
hoje estou sem muita paciência para escrever. estou preguiçosa. mais um dia sem ter nada para fazer. apetecia-me ter ido para a praia ler os três mosqueteiros e não estar aqui encerrada nesta sala desarrumada e poeirenta.
não tenho vontade para nada. seca! e por isso não tenho nada de interessante para escrever...
fica uma imagem... que afinal vale mais de mil palavras... (esta expressão é tão parola!)
uhuuuuu! goa!!! uhuuuuu! trance!!! uhuuuu!! (o uhuuuu é igual ao uhuuuu do song 2 dos blur)
não tenho vontade para nada. seca! e por isso não tenho nada de interessante para escrever...
fica uma imagem... que afinal vale mais de mil palavras... (esta expressão é tão parola!)
uhuuuuu! goa!!! uhuuuuu! trance!!! uhuuuu!! (o uhuuuu é igual ao uhuuuu do song 2 dos blur)
terça-feira, setembro 16, 2003
o durão barroso diz que "(...)melhoria da produtividade vai ocorrer de forma "lenta e gradual", tendo manifestado esperança de que a economia portuguesa se transforme numa das "mais competitivas da Europa" até 2010.". este homem delirou... a frase em si é contraditória: digam-me como é que com uma produtividade lenta e gradual nos tornamos numa das economia mais competitivas da europa?! ou será que perdi por completo a minha capacidade de interpretação? serei eu?
ontem fui à reitoria da universidade de lisboa fazer exames para um concurso público. foi uma anedota! vou impugnar aquela porra porque todo o processo foi escandaloso. eu já sabia que a vaga estava preenchida, por alguém que deve lá estar há já algum tempo, numa situação precária... agora, aquelas três tontas que elaboraram os testes deviam ser recambiadas de novo para o 10º ano de escolaridade. ambos os exames estavam mal estruturados e algumas questões não se compreendiam. o mais grave é que colocaram perguntas sobre uma matéria que não saiu no aviso publicado no diário da república. estão lixadas... a presidente do júri, que deve ser a capi di tutti capi do gabinete de actividades culturais da reitoria da universidade de lisboa parecia uma leoparda... velha! muito, muito queimada do sol e também com umas belas doses de solário. um cabelo longo, pintado de louro escuro, que se dividia pelas costas e pelos ombros. uns olhos azuis, que sobressaiam daquela cabeleira toda e da pele excessivamente morena, sempre muito abertos, quase esbugalhados. uma boquinha, que parecia pequena, com uns dentes separados. uma voz arrastada, meio rouca, que roçava o ridículo. quando andava pelos corredores da reitoria, parecia que se passear-se pelas savanas africanas... um horror! fazia caretas, tentava ter um ar credível, inteligente mas não conseguia... aquela voz dizia tudo... administração pública... dá-me arrepios!
e alguém me consegue dizer que raio existiu um ministério da reforma da administração pública!??? com aquele socialista de barbas e óculos?
vamos ver como me saio a impugnar o dito concurso...
ontem fui à reitoria da universidade de lisboa fazer exames para um concurso público. foi uma anedota! vou impugnar aquela porra porque todo o processo foi escandaloso. eu já sabia que a vaga estava preenchida, por alguém que deve lá estar há já algum tempo, numa situação precária... agora, aquelas três tontas que elaboraram os testes deviam ser recambiadas de novo para o 10º ano de escolaridade. ambos os exames estavam mal estruturados e algumas questões não se compreendiam. o mais grave é que colocaram perguntas sobre uma matéria que não saiu no aviso publicado no diário da república. estão lixadas... a presidente do júri, que deve ser a capi di tutti capi do gabinete de actividades culturais da reitoria da universidade de lisboa parecia uma leoparda... velha! muito, muito queimada do sol e também com umas belas doses de solário. um cabelo longo, pintado de louro escuro, que se dividia pelas costas e pelos ombros. uns olhos azuis, que sobressaiam daquela cabeleira toda e da pele excessivamente morena, sempre muito abertos, quase esbugalhados. uma boquinha, que parecia pequena, com uns dentes separados. uma voz arrastada, meio rouca, que roçava o ridículo. quando andava pelos corredores da reitoria, parecia que se passear-se pelas savanas africanas... um horror! fazia caretas, tentava ter um ar credível, inteligente mas não conseguia... aquela voz dizia tudo... administração pública... dá-me arrepios!
e alguém me consegue dizer que raio existiu um ministério da reforma da administração pública!??? com aquele socialista de barbas e óculos?
vamos ver como me saio a impugnar o dito concurso...
quinta-feira, setembro 11, 2003
título de uma notícia que saiu hoje no Público:
"Então Pagar 500 Euros para Mandar Matar a Mãe É Coisa Que Se Faça?"
perfeito... não há quem resista!
"Então Pagar 500 Euros para Mandar Matar a Mãe É Coisa Que Se Faça?"
perfeito... não há quem resista!
quarta-feira, setembro 10, 2003
de manhã acordo sempre com a TSF. não me perguntem porquê. a maior parte dos portugueses faz exactamente a mesma coisa: acorda com as notícias, com a música tipicamente noticiosa da TSF. por norma, só me levanto já o comentador de economia está a falar há uns minutos e entro no banho ao som da sua voz forte e encorpada, que alerta os portugueses que a recessão está aí para ficar... ou seja, entro no banho já com os olhos esbugalhados, a pensar que se a merda da recessão não regredir, que vou ficar no desemprego mais tempo do que o previsto (tendo em conta que neste momento não tenho ainda nenhuma previsão...). saio do banho já desperta e um pouco preocupada. visto as cuecas enquanto um jornalista qualquer descreve o último ataque palestiniano ou comenta mais uma medida do governo. chego ao carro e zapo impacientemente entre as seis rádios que tenho sintonizadas, mas só ouço duas: a já citada TSF e a antena 1.
antena 1. na antena 1 ouço o histérico do sena santos. gosto dele. identifico-me com o fulano. vive a mais pequena notícia. até consegue achar interesse à meia maratona, aquela que passa pela ponte sobre o tejo e que deve causar um transtorno do caraças a metade da população de almada e do seixal...! mas não é só a voz e o histerismo do sena santos que ouço. está também lá outro tom, outro som, outra voz. a do antónio macedo! pois é! acreditam que sempre que o ouço no carro, a caminho do emprego, só me lembro da sua frase mais infeliz, que soava a qualquer coisa como qualquer coisa como:" eu faço minhas as palavras do assistente do carlos cruz: se o carlos cruz é pedófilo, então eu tb sou!". bom... bom! então, senhor antónio macedo, penso eu todas as manhãs, no carro, sempre que lhe escuto a voz... será o senhor um pedófilo?! com aquele tom grave, mais de rádio renascença que de antena 1, lá vai ele desfilando as situações de maior trânsito em lisboa e no porto. será que ele pensa na cretinice que disse quando parafreseou o assistente do carlos cruz, esse mesmo que se descobriu pouco tempo depois que tinha tido um processo de violação de duas miudas no alentejo dos anos 70... penso nisso e dá-me vontade de lhe perguntar, como se sente, senhor macedo? e sempre que o ouço, lembro-me dos seus óculos de fundo garrafa, dos olhos míopes e mínimos, do seu cabelo comprido e como pensava que ele era muito feio, quando assistia ao 123. com o carlos cruz. e o ar sério e transtronado como repetiu a frase do outro... coitado.
antena 1. na antena 1 ouço o histérico do sena santos. gosto dele. identifico-me com o fulano. vive a mais pequena notícia. até consegue achar interesse à meia maratona, aquela que passa pela ponte sobre o tejo e que deve causar um transtorno do caraças a metade da população de almada e do seixal...! mas não é só a voz e o histerismo do sena santos que ouço. está também lá outro tom, outro som, outra voz. a do antónio macedo! pois é! acreditam que sempre que o ouço no carro, a caminho do emprego, só me lembro da sua frase mais infeliz, que soava a qualquer coisa como qualquer coisa como:" eu faço minhas as palavras do assistente do carlos cruz: se o carlos cruz é pedófilo, então eu tb sou!". bom... bom! então, senhor antónio macedo, penso eu todas as manhãs, no carro, sempre que lhe escuto a voz... será o senhor um pedófilo?! com aquele tom grave, mais de rádio renascença que de antena 1, lá vai ele desfilando as situações de maior trânsito em lisboa e no porto. será que ele pensa na cretinice que disse quando parafreseou o assistente do carlos cruz, esse mesmo que se descobriu pouco tempo depois que tinha tido um processo de violação de duas miudas no alentejo dos anos 70... penso nisso e dá-me vontade de lhe perguntar, como se sente, senhor macedo? e sempre que o ouço, lembro-me dos seus óculos de fundo garrafa, dos olhos míopes e mínimos, do seu cabelo comprido e como pensava que ele era muito feio, quando assistia ao 123. com o carlos cruz. e o ar sério e transtronado como repetiu a frase do outro... coitado.